Mas, afinal, por que a Prefeitura está trocando o asfalto de ruas que não parecem estar precisando?

Boa parte da Avenida Archelau de Almeida Torres foi fresada e recebeu asfalto novo. Foto: Marco Charneski
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Mas, afinal, por que a Prefeitura está trocando o asfalto de ruas que não parecem estar precisando?
Boa parte da Avenida Archelau de Almeida Torres foi fresada e recebeu asfalto novo. Foto: Marco Charneski

Ao longo das últimas semanas, meses, a Prefeitura de Araucária iniciou um trabalho de troca de pavimento em algumas vias troncais da cidade, que recebem trânsito pesado diariamente. Foram beneficiadas a rua Manoel Ribas, a Archelau de Almeida Torres, a São Vicente de Paulo e, mais recentemente, a Miguel Bertolino Pizzatto. Em algumas dessas vias, aparentemente, o asfalto não estava ruim, o que tem levado algumas pessoas a questionar se essas obras eram mesmo necessárias.

De acordo com a Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP), antes de decidir quais ruas receberiam a manutenção, os engenheiros da pasta averiguaram o estado do pavimento, o tráfego diário que a via recebe e a relação custo/benefício de ser executar a chamada recuperação preventiva ou não.

Conforme a SMOP, esse tipo de dúvida não chega a causar estranheza, já que em outros momentos da história do Município não havia preocupação com a manutenção preventiva das vias, sendo que os trabalhos acabavam sendo muito mais de tapar o buraco que aparecia do que evitar que ele aparecesse.

O arquiteto Guilherme Matos, diretor geral da SMOP, explica que as vias que estão tendo a capa asfáltica trocada são aquelas que apresentam o chamado couro de jacaré, que são algumas rachaduras no pavimento. É quando aparecem essas rachaduras que é chegada a hora de fresar a pista e colocar uma camada nova de asfalto. “Esses recapes preservam o pavimento como um todo, pois se não o trocarmos, a água acaba penetrando nessas rachaduras e acaba afetando a base da pista. Quando isso acontece, começam a aparecer os buracos e o trabalho de conserto é mais caro, exige licitação e causa mais transtornos porque é necessário escavação, reforço de base e assim por diante”, pontua;
Ainda segundo Guilherme, o serviço de fresa e recape vem sendo executado com pessoal próprio. Os equipamentos, com exceção da fresa, também pertence ao Município, o que reduz consideravelmente os custos.

Ele explicou ainda que todo o material fresado é reaproveitado nas estradas da área rural que ainda não estão pavimentadas.

Próximas etapas

Conforme o planejamento da Secretaria de Obras, tão logo seja concluída a troca do asfalto numa das pistas da rua Miguel Bertolino, na região Central, será feita a troca do pavimento da rua Roque Saad, no Fazenda Velha. Em seguida será a vez da de parte da Avenida das Nações e Cerejeiras, no Capela Velha. Depois disso, as máquinas retornam pra Victor do Amaral e Praça Vicente Machado, no Centro.

Texto: Waldiclei Barboza

Publicado na edição 1265 – 10/06/2021

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