Nos últimos tempos, o câncer colorretal tem ganhado destaque nas redes sociais. Isso porque em 2023, a cantora Preta Gil foi diagnosticada com a doença, e após um intenso tratamento, ela se curou e foi liberada pelos médicos. Porém, em agosto de 2024, ela veio a público informar que o câncer havia voltado. Em dezembro do mesmo ano, a cantora precisou passar por mais uma cirurgia para retirar os novos tumores e segue em tratamento.

Especialmente neste mês de março, o tema vem sendo amplamente debatido, devido à campanha Março Azul-Marinho, que foi criada com o objetivo de falar sobre a importância do diagnóstico precoce, a prevenção e o tratamento dessa doença. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer colorretal é o terceiro mais comum entre homens e o segundo entre as mulheres.

O Dr. Silvio Guerra, gastrocirurgião e proctologista da Clínica São Vicente, explica que o câncer colorretal se desenvolve no intestino grosso (cólon) e no reto (final do intestino). Segundo ele, diversos fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença. “Uma dieta rica em carnes vermelhas e processadas, e pobre em fibras; consumo excessivo de álcool e tabagismo; estar acima do peso, especialmente a obesidade abdominal; ter parentes de primeiro grau com histórico de câncer colorretal; e a presença de pólipos no cólon são os principais fatores”, explica.

Médico alerta para a importância do diagnóstico precoce do câncer colorretal
Foto: Divulgação. “Alimentação equilibrada e prática de exercícios físicos, podem fazer uma grande diferença”, diz Dr. Silvio Guerra.

Identificar os sintomas precocemente pode ser determinante para o sucesso do tratamento. O Dr. Silvio enfatiza que quanto antes a doença for detectada, maiores são as chances de cura, pois o tumor pode ser removido antes de se espalhar para outros órgãos.

Segundo o médico, os principais sintomas são: mudança persistente nos hábitos intestinais, como diarreia, constipação ou alternância entre os dois; sensação que o intestino não se esvazia completamente após a evacuação; sangue nas fezes (vermelho vivo ou escuro); sangramento retal; dor abdominal persistente, cólicas ou gases; e inchaço abdominal.

O especialista alerta que, para o diagnóstico acontecer, primeiro o paciente passará por uma avaliação dos sintomas e do histórico médico. Posteriormente, alguns exames serão solicitados para confirmação da doença, como pesquisa de sangue oculto nas fezes, colonoscopia e biópsia. Ele orienta que para se prevenir, é preciso adotar hábitos saudáveis, como uma dieta rica em fibras, frutas e verduras; prática regular de atividade física; fazer um controle do peso; e evitar o tabagismo e o consumo exagerado de álcool.

“Pequenas mudanças de hábitos, como uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios físicos, podem fazer uma grande diferença. Não deixe que o medo ou a falta de informação te impeçam de cuidar da sua saúde. Converse com seu médico, realize os exames de rastreamento e abrace a vida com mais leveza e otimismo”, sugere o Dr Silvio.

SERVIÇO

A Clínica São Vicente está localizada na Rua São Vicente de Paulo, n.º 250, no Centro. Os telefones para contato são: (41) 3552-4000 ou WhatsApp (41) 98780-1440.

Edição n.º 1457. Victória Malinowski.