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Meio Ambiente está tendo um trabalhão para retirar algas do lago

As plantas que tomaram conta do lago do Parque Cachoeira estão dando uma grande dor de cabeça para a Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Há quatro dias uma equipe de 10 homens realiza um verdadeiro trabalho braçal para remover as chamadas algas ou alfaces d’água. Este foi a única alternativa encontrada até o momento, já que as demais opções não seriam viáveis.

Segundo a SMMA, foi cogitada a hipótese de limpeza através de tratores hidráulicos, porém, não iria dar certo porque o lago não tem profundidade suficiente. Outra opção seria o uso de química, jogando um produto para matar a planta, mas poderia causar danos ambientais, já que o lago está dentro de uma reserva natural. Também se estudou a possibilidade de uma intervenção biológica, onde seriam utilizadas “larvas”, que comeriam estas plantas aquáticas, porém, há o risco de elas comerem outras espécies.
A secretaria comentou ainda que o trabalho manual será estendido até a próxima sexta-feira, dependendo das condições climáticas. Caso a limpeza não traga os resultados esperados, a possibilidade de uma nova intervenção será novamente analisada.

Destinação das plantas

Ainda de acordo com a secretaria, aproximadamente 15% das plantas foram retiradas até agora, e por se tratar de uma vegetação densa, a impressão é de que o serviço não está dando resultado. O material retirado do lago está sendo armazenado em um observatório, para secagem e redução de volume. Isso porque a empresa que faz o transporte para aterros e outros locais onde é feita a destinação correta, cobra por peso, e se as plantas forem levadas agora, vão gerar um custo mais alto.
dentro do trabalho de limpeza do lago, o Meio Ambiente também fará uma análise da qualidade da água. As primeiras amostras serão coletadas no início da próxima semana.

O lago que fica dentro do parque foi praticamente tomado por algas, que encobriram toda a água, deixando o local com o aspecto de um grande gramado verde. A questão é que a situação está gerando preocupação, pois traz risco de acidentes para quem não conhece bem o parque, uma vez que é fácil alguém se confundir com grama e acabar caindo na água.

Conforme o secretário municipal do Meio Ambiente, Vitor Cantador, o fenômeno de proliferação de algas em águas mais paradas é conhecido como eutrofização. “A oferta do nitrogênio e fósforo nas águas acontece de diversos modos, quando provocada pelo ser humano, que é o caso do lago do parque, é proveniente de esgotos domésticos, onde os nutrientes são encontrados nas fezes, urinas, restos de alimentos e detergentes, e ajudam essas plantas a crescerem e se proliferarem de forma rápida”, explica.

Vitor disse que as algas começaram a aparecer há cerca de duas semanas, e que a secretaria começou a removê-las manualmente, porém, o trabalho não está apresentando resultados. “Vamos utilizar maquinários para remover as algas, e vamos aproveitar para fazer a drenagem do lago. Caso chova forte, a própria água da chuva poderá ajudar, empurrando as algas para fora do lago. Depois teremos que dar uma destinação final para estes resíduos”, esclareceu o secretário.

Ainda de acordo com ele, será feita uma análise da água do lago, para saber qual o grau de poluição. “Já retiramos muito lixo do lago, por isso é importante que as pessoas também se conscientizem e nos ajudem nesse trabalho”, orientou Vitor.

Texto: Maurenn Bernardo

Foto: Jornal O Popular

Publicado na edição 1196 – 23/01/2020

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