Mês do orgulho LGBTQIA+ é marcado pela luta. Conheça algumas histórias

Foto: freepik
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O Brasil é considerado um dos países que mais discrimina e mata pessoas LGBTs no mundo. Um relatório da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA), aponta que o País ocupa o primeiro lugar nas Américas em quantidade de homicídios de pessoas LGBTs e também é o líder em assassinato de pessoas trans no mundo. São dados que mostram que a jornada que a comunidade traça em busca do reconhecimento de direitos e maior visibilidade, ainda está longe de acabar. Embora o movimento tenha tido conquistas significativas nos últimos 10 anos (acompanhe no quadro), muitos assuntos ainda precisam ser amplamente debatidos para que essa parcela da população tenha mais dignidade e possa simplesmente ter o direito de ser e existir, da maneira que escolheu.

No mês de junho, marcado pelo Orgulho LGBTQIA+, o Jornal O Popular conversou com representantes dessa comunidade, para conhecer suas histórias de luta por mais aceitação, menos preconceito e busca por melhores oportunidades na vida. Acompanhe os depoimentos.

Descobrindo a sexualidade

A descoberta da sexualidade é um período especial e único para cada pessoa. Mas infelizmente, para a maioria dos homo, bi e transsexuais, o período da descoberta e afirmação da sexualidade é doloroso e sofrido e pode causar marcas para o resto da vida. A psicóloga araucariense Fabíola Karas, diz que muitas vezes as pessoas que procuram o atendimento no seu consultório apresentam outras queixas emocionais, mas acabam trazendo aspectos relacionados à sexualidade e à rejeição familiar. “Infelizmente no consultório não atendo muitos pacientes em busca de orientação a respeito da sua sexualidade, pois falar desse assunto ainda é uma crença limitante nos dias atuais. Por isso, acredito que em todo momento precisamos discutir e orientar questões referentes à sexualidade, para que os indivíduos possam fazer suas escolhas livremente, sem pré julgamentos”, esclarece a profissional.

Ela lembra que não há uma idade específica em que se espera que o indivíduo identifique sua orientação sexual, isso vai depender do seu contexto e seu desenvolvimento pessoal. Também acha importante esclarecer que a orientação sexual se refere ao sexo ou sexos pelo qual a pessoa sente atração. Já a identidade sexual é a percepção de gênero sexual que a pessoa tem de si própria.

Outro aspecto abordado pela psicóloga é a importância de os pais colaborarem para que seus filhos sejam acolhidos, independentemente da opção sexual que fizerem. “Todos devem caminhar juntos. E acredito que não tenhamos uma idade certa para falar sobre sexo com nossos filhos, porém devemos dar respostas certas a cada faixa etária da criança. E não devemos nos esquecer que a sexualidade envolve não só nosso corpo, mas nossos costumes, nossas relações afetivas, nossa cultura, enfim todas as formas e maneiras que as pessoas expressam a busca do prazer, podendo ser através da dança, esporte, entre outras”, argumenta.

Priscila Fogaça Faria

Mês do orgulho LGBTQIA+ é marcado pela luta. Conheça algumas histórias

A jogadora de vôlei e estudante de Educação Física Priscila Fogaça Faria, que também é estagiária da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SMEL), trava uma luta para conseguir fazer uma cirurgia e concluir seu processo transexualizador. Hoje Priscila está com 38 anos, foi designada do sexo masculino ao nascer, mas sempre se viu do sexo feminino. Aos 16 anos iniciou sua adequação ou afirmação como mulher. Casada há 9 anos, ela quer muito fazer as cirurgias, mas esbarra na falta de recursos, já que o SUS tem uma fila que demora mais de 10 anos. O sonho da atleta é tão forte que ela organizou uma vakinha virtual (http://vaka.me/2176382) com o objetivo de arrecadar recursos para custear as cirurgias.

“É tudo muito caro e isso é tão necessário pra que eu possa me sentir mais completa. Desde criança eu tinha o forte desejo de ser menina, me vestia como uma, e não me interessava pelas coisas que os meninos gostavam. Aos 16 anos comecei a tomar hormônios por conta própria e somente aos 23 me encorajei a procurar um médico e conduzir o processo certinho. Enfrentei muito preconceito para chegar onde estou. Venho de uma família ortodoxa, e não foi fácil aceitarem a minha decisão. Hoje eles me respeitam”, relata.

Mesmo se assumindo mulher, até 2018 a atleta carregava o nome de batismo, o que também lhe incomodava muito. “Só consegui mudar de nome em 2018, em Foz do Iguaçu, durante um evento Justiça no Bairro, quando finalmente o STF autorizou a mudança de nome no registro civil sem a necessidade de cirurgias ou laudos e diagnósticos médicos”, conta. Para a Cascavelense Priscila, que atualmente mora em Araucária E integra a equipe de vôlei do Paraná Clube (Curitiba), a comunidade LGBTQIA+ não quer medir forças, quer medir habilidades e só quer maior visibilidade. “Fui a primeira mulher transexual a competir nos Jogos Abertos do Paraná. Isso pra mim já foi um grande avanço”, comemorou.

Araucária avança nas políticas públicas de proteção aos direitos LGBTQIA+

Em fevereiro deste ano, foi fundada em Araucária, uma ONG, com o propósito de dar voz, unir e fortalecer a população LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais ou travestis, queer, intersexo, assexual e demais orientações sexuais e identidades de gênero). Entre as ações que a Fundação Instituto Cuidar pretende realizar está a criação de uma agência de empregos exclusiva para esta comunidade, suporte psicológico para os familiares, inclusive, orientação religiosa, cursos profissionalizantes, palestras de apoio, campanhas de conscientização em toda a cidade, visando com isso, o fim do preconceito e discriminação de gênero. A ONG tem no comando as empresárias Tatiane Soares Cardoso e Sandra Mara Cordeiro, que são casadas há 12 anos e após enfrentarem todos os tipos de preconceitos, hoje convivem com tudo isso numa boa.

Na área da saúde, o Departamento de Atenção Psicossocial (DAPS), da Secretaria Municipal de Saúde de Araucária (SMSA), constituiu o comitê que terá a responsabilidade de implantar uma Linha de Cuidados do Público LGBTQIA+ na rede de saúde do município. Essa linha será composta por uma série de ações de promoção, prevenção e tratamento desta população dentro de todos os níveis da saúde pública municipal (primário, secundário e especializado), visando ofertar atendimentos em saúde que se atentem às especificidades. Estima-se que em Araucária a população LGBTQIA+ seja de, aproximadamente, 14 mil pessoas e grande parte não acessa os serviços de atenção primária, secundária e terciaria em razão do preconceito.

Rafaela da Silveira Calegari, 23 anos

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Na certidão de nascimento ela é Rafaela da Silveira Calegari, 23 anos, mas na vida, é um homem trans, técnico de enfermagem e atualmente trabalha como cuidador particular de idosos. Ricardo Rafael é seu novo nome, pois ainda não providenciou a adequação oficial, algo que quer fazer o quanto antes, juntamente com a transição hormonal. “Faço parte do T da sigla LGBTQIA+, sou um homem trans. Para me entender como um, passei por várias lutas internas. Enfrentei ‘piadas’ de mal gosto, e ainda passo por olhares que me desdenham, ou me julgam por ser quem sou. Hoje já não me importo com o que outros pensam ou dizem sobre mim, porém ainda assim tenho receio de sair e encontrar pessoas que possam tirar minha vida, apenas por eu existir”, confessa o jovem.

Ricardo acredita que pertencer à bandeira LGBTQIA+ não é uma opção, a pessoa nasce da maneira que é, e com o tempo, assim como todos, vai se conhecendo, se entendendo, evoluindo cada vez mais. “Me entendi como homem aos 19 anos, quando fiz meu TCC do curso de Técnico de Enfermagem, onde o foco era melhorar o atendimento para o público LGBTQIA+. Ali consegui implantar na instituição onde estudava o nome social, que é de direito para pessoas trans”, orgulha-se.

Sigley Carvalho, 24 anos

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“Me chamo Sigley Carvalho, tenho 24 anos, sou umbandista e trabalho como inside sales. É assim que me apresento quando perguntam quem eu sou”. Sigley foi criada pela mãe, Aparecida. O tio Rogério, a avó Cleusenir e os avôs Osvaldo e Luiz, foram figuras presentes na sua infância e fundamentais na sua vida. Também foram eles que acompanharam a decisão de Sigley quando ela revelou ser pansexual. “Uma coisa que me orgulho muito é nunca ter tido problema de aceitação. Sempre senti que tinha algo diferente em mim e minha família também sempre teve essa percepção, porém nunca me cobraram nada, nem falaram ou tentaram me colocar para baixo de algum jeito. Pelo contrário, sempre me motivaram com relação às coisas, principalmente a minha mãe. A primeira vez que contei pra ela que tinha conhecido uma garota e estava gostando dela, minha mãe disse: ‘Filha, eu já sabia, sempre soube, desde quando você era pequena eu sabia que tinha alguma coisa diferente em você, mas eu precisava esperar o seu momento de chegar e falar que você quer ser você’. Então nunca tive problemas com relação a aceitação familiar, fui muito livre para as minhas escolhas”, comentou a jovem.

Sigley teve a primeira namorada aos 15 anos, no entanto, depois do seu primeiro relacionamento com uma garota, teve dificuldades consigo mesma. “Houve uma época onde eu não me sentia bem, achava que isso poderia ser errado, mesmo com o apoio da minha família, pensava que poderia ser errado porque desenvolvi interesse por meninos também. Essa fase da adolescência me deixou bastante confusa. Hoje eu tenho certeza que o meu interesse é pela essência das pessoas, indiferentemente de sexo, e de quem ela pode vir a ser. Não me importo se é homem, mulher, uma pessoa trans, binário, não-binário, então pra mim isso é algo bem indiferente. É o que as pessoas declaram ser pansexual. Não vejo as pessoas pelo sexo em si, mas sim pelo que elas realmente são”, declara a estudante de Biologia.

Giovana Catarina Savoia de Souza, 31 anos

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Giovana Catarina Savoia de Souza, 31 anos, está em processo de retificação do nome. Sua história, como a de várias outras pessoas que decidiram se assumir LGBT, começou na infância, mas por questões de sociedade, de família, também demorou um pouco para tomar uma decisão. “Minha decisão de me tornar o que sou hoje, veio com o tempo, foi uma decisão madura. Apesar de ter a vontade de externar a mulher que existia dentro de mim, não o fiz por várias questões. Mas hoje, como uma pessoa independente, como uma pessoa mais segura, mais equilibrada, muito mais formada mentalmente, estou conseguindo isso de uma forma muito boa, está sendo uma experiência muito interessante. Você se constrói de ciclo em ciclo e eu estou me reconstruindo novamente, só que agora me reconstruindo 100%”, afirmou.

Ela conta que desde criança se via mais afeminada, gostava de colocar cabelo, usar a roupa da mãe, passar maquiagem. “Minha família, de certa forma, até aceitou o fato de eu ser afeminada. Passei boa parte da minha vida sendo homossexual e tendendo à transexualidade. Quando eu estava com 26 anos fui morar sozinha e com a independência, consegui realmente externar essa minha vontade de me tornar o que estou me tornando hoje”, disse Giovana.

Sobre a aceitação por parte da sociedade, a cabeleireira, maquiadora e cartomante diz que “a gente não precisa de aceitação, a aceitação tem que vir de nós mesmos, porque é tão difícil você conseguir se aceitar, sair da caixa, ser aquilo que você quer, ser realmente feliz. Quando você realmente sai da caixa é outra vida, é outra felicidade, é outra visão. A gente não quer opinião, a gente quer respeito, não queremos que nos apontem, nos julguem. Assim como todas as pessoas do mundo, queremos respeito. RESPEITO”.

Renan Patrick Souza, 23 anos

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Renan Patrick Souza, 23 anos, vem de uma família tradicional. Tosador e candomblecista, se descobriu homossexual ainda criança. “Eu me sentia diferente dos outros meninos. Enquanto meus primos estavam jogando bola, correndo e brincando de lutinha, eu estava com a minha mãe e minhas tias, sempre próximo das mulheres. Com o passar dos anos fui percebendo cada vez mais que eu não gostava das coisas de menino. Nunca gostei de me vestir de menina e nunca tive essa vontade, mas eu queria estar no meio delas. Depois dos 12 anos a sexualidade começou a aflorar em mim. Nessa época todos já percebiam e falavam ‘ele é bixa’, ‘é viadinho’, e outras coisas mais”, relembra Renan.

O jovem conta que conseguiu conviver com as piadinhas e o preconceito até os 16 anos, quando se assumiu definitivamente para a família e para a sociedade. A reação do pai, segundo ele, foi mais complicada, por ser uma figura masculina e por ele ser o único filho homem. “Foi um choque, mas um mês depois, ele já tinha se dado conta que nada havia mudado, que eu ainda era o filho que ele criou, e continuava sendo o mesmo ser humano, respeitoso, educado, honesto e de caráter. Percebeu que mesmo que mudasse algo, que eu fosse trans por exemplo, minha essência como filho ou como ser humano nunca mudaria. Aos 17 anos comecei meu primeiro relacionamento homoafetivo aberto. Mais uma vez foi complicado para o meu pai. Minha mãe e minhas duas irmãs sempre aceitaram tudo muito bem, me respeitaram e me apoiaram”, disse.

Para Renan, ser LGBT não é motivo de diferença, pois todos são seres humanos, com direitos e deveres. “Tenho esse sentimento de gratidão, pois acho que agora a sociedade está vendo que não há diferenças, começa a haver o respeito e a percepção de que somos todos somos iguais, indiferente do gênero em que a pessoa se identifica”, pontuou.

Andressa Nicoli Dias, 22 anos

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Andressa Nicoli Dias tem 22 anos, e desde os 18 decidiu se assumir como lésbica. Ela conta que não foi um processo fácil, teve que enfrentar problemas familiares para ser aceita. “Morei com meu pai um tempo após minha mãe saber do meu namoro. De cara ela não aceitou nem um pouco, devido a sua religião. Hoje em dia ela respeita, mas ainda vai levar um tempinho para aceitar, pelo menos é que eu espero”, diz a jovem. Andressa gerencia uma loja de acessórios para celular e assistência técnica, e ainda diz sofrer preconceitos, principalmente nas redes sociais e através de olhares de pessoas na rua. “Apesar de o preconceito ainda existir, o movimento LGBT tem tido muito mais visibilidade, mais reconhecimento. Falta muito ainda para que sejamos respeitados como todos os demais. Nem todos os nossos direitos são respeitados, mas estamos no caminho. Quem sabe um dia o assédio e os ataques contra os LGBTs, que hoje acontecem pela sexualidade e não pela pessoa em si, acabem. O importante é nunca desistirmos dos nossos princípios, direitos e igualdade, muitos lutam tanto por isso e nós não podemos parar”, frisou Andressa.

Entenda o significado de cada letra da sigla LBTQIA+

Cada letra da sigla LGBTQIA+ inclui um grupo de pessoas que se reconhecem por uma orientação sexual (com qual ou quais gêneros você se relaciona) ou uma identidade de gênero (forma com que você se identifica socialmente) distinta do que a sociedade normatizou (orientação heterossexual e gêneros masculino e feminino).

Tal combinação surgiu mais recentemente, após o uso de GLS (gays, lésbicas e simpatizantes), de GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e trans) e de LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e trans). Hoje a sigla mais atualizada é a LGBTQIA+: lésbicas, gays, bissexuais, trans e travestis, queers, intersexuais, assexuais e todas as demais existências de gêneros e sexualidades.

L: lésbica, mulher que se identifica como mulher e tem preferências sexuais por outras mulheres;
G: gay, homens que se identificam como homem e têm preferências por outros homens;
B: bissexual, que têm preferências sexuais por ambos os gêneros;
T: transexuais, travestis, transgêneros e não binário, que são pessoas que não se identificam com os gêneros masculino ou feminino atribuídos no nascimento com base nos órgãos sexuais;
Q: questionando ou queer, palavra em inglês que significa “estranho” e, em alguns países, ainda é usado como termo pejorativo. É usado para representar as pessoas que não se identificam com padrões impostos pela sociedade e transitam entre os gêneros, sem concordar com tais rótulos, ou que não saibam definir seu gênero/orientação sexual;
I: intersexuais, que apresentam variações em cromossomos ou órgãos genitais que não permitem que a pessoa seja distintamente identificada como masculino ou feminino. Antes, eram chamadas de hermafroditas;
A: assexual -pessoas que não sentem atração sexual, seja pelo sexo oposto ou pelo mesmo sexo — o que não significa que não possam desenvolver sentimentos amorosos e afetivos por outras pessoas.
+: São todas as inúmeras outras possibilidades de orientação sexual e identidade de gênero. Um exemplo são os pansexuais, aqueles que sentem atração afetivo-sexual independente da identidade de gênero;
*Além dessas letras, que são as mais comuns, atualmente, há algumas correntes que indicam para uma sigla completa ser: LGBTQQICAAPF2K+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Queer, Questionando, Intersexuais, Curioso, Assexuais, Aliados, Pansexuais, Polissexuais, Familiares, 2-espíritos e Kink).

Vitórias e conquistas da população LGBT nos últimos 10 anos

• 2011 – autorizada a união estável homoafetiva
• 2013 – resolução do CNJ determinou que nenhum cartório poderia rejeitar a realização de casamentos homoafetivos
• 2013 – lançamento da Política Nacional de Saúde Integral LGBTQIA+
• 2016 – publicado decreto 8727/2016 da Presidência da República sobre o direito ao nome social e reconhecimento da identidade de gênero das pessoas trans na esfera pública federal
• 2018 -portaria do MEC autoriza o uso do nome social nos registros escolares e educação básica
• 2018 – STF autoriza mudança de nome no registro civil sem a necessidade de cirurgias ou laudos e diagnósticos médicos. Registro civil pode ser modificado em cartório por autodeclaração
• 2019 – criminalização da LGBTfobia
• 2019 – OMS deixa de considerar a transsexualidade como uma doença mental, passando a integrar condições relacionadas à saúde sexual
• 2020 – STF determina o fim das restrições para doação de sangue por pessoas LGBTQIA+

Texto: Maurenn Bernardo com colaboração de Katty Ferreira

Publicado na edição 1268 – 01/07/2021

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