Morador de Araucária está ajudando a preservar a memória ferroviária do país

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Morador de Araucária está ajudando a preservar a memória ferroviária do país

O ferreomodelismo é um dos hobbies mais antigos do mundo, e sua origem remonta ao período em que o transporte ferroviário foi adotado massivamente. As primeiras miniaturas de trens foram fabricadas por volta de 1830, por artesãos alemães. De lá para cá, muita coisa mudou, principalmente no Brasil, onde o transporte de passageiros pelas ferrovias deixou de acontecer, com exceção dos passeios turísticos. Mesmo assim, a paixão de algumas pessoas por este hobby se intensificou.

De norte a sul do Brasil, muitas pessoas têm se interessado pelos trens elétricos em miniatura, seja por pura diversão, hobby ou mesmo para preservar a memória ferroviária do país. Em Araucária, por exemplo, alguns ferreomodelistas possuem verdadeiros ‘patrimônios’ em casa, e até hoje os trens despertam curiosidade e saudosismo nas pessoas. Alison Oliveira, 34 anos, morador do jardim Santa Clara, que trabalha na área de logística, sempre gostou do hobby, e há dois anos começou sua coleção ao adquirir uma locomotiva e alguns vagões e trilhos da Frateschi, única fabricante da América Latina de trens elétricos em miniaturas e réplicas de composições reais, situada em Ribeirão Preto, no interior paulista.

Segundo ele, a paixão pelos objetos surgiu desde a infância, mas por não conhecer o mundo do ferremodelismo, nunca havia tentado montar a sua maquete, porém, após um amigo lhe presentear com um kit, a curiosidade tomou conta, e o fez adquirir novas peças para o brinquedo. “É uma prática que adquiri sem pressa. Pretendo construir uma maquete no futuro”, afirma.

O hobby vem ganhando cada dia mais adeptos, contudo, segundo o colecionador, a prática, apesar de muito gratificante, é bastante cara. “São altos os custos para a aquisição e manutenção, atualmente um kit básico com locomotiva, vagões, trilhos e controlador de velocidade sai em torno de R$350 a R$500, tendo a possibilidade de ampliação, com miniatura de prédios, estações e casas. O céu é o limite para a criatividade do colecionador”, destacou Oliveira, que tem incentivado seus filhos a aderirem ao hobby.

Mercado atraente

O Paraná é um dos mercados mais atraentes para a Frateschi Trens Elétricos, empresa com sede em Ribeirão Preto, no interior paulista, que possui mais de 50 anos de atuação no mercado e é a única fabricante de trens elétricos em miniaturas e réplicas de composições reais na América Latina. “As pessoas pensam que o transporte ferroviário morreu, mas ele está vivo e em expansão. A ferrovia é de valor estratégico imprescindível para um país como o Brasil, e este crescimento ajuda a fomentar ainda a mais a paixão que muitos brasileiros têm pelos trens, sendo que muitos passam o hobby do ferreomodelismo para as futuras gerações”, diz Lucas Frateschi, diretor da empresa. No Brasil, inclusive, existem diversas associações que reúnem os amantes deste hobby saudável e interessante.

Texto: Maurenn Bernardo com ASSESSORIA

Publicado na edição 1199 – 13/02/2020

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