Moradores continuam à espera das indenizações

Moradora protestou jogando terra no meio da rua para impedir que as máquinas trabalhassem
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Moradora protestou jogando terra no meio da rua para impedir que as máquinas trabalhassem
Moradora protestou jogando terra no meio da rua para impedir que as máquinas trabalhassem

Patrícia mostra o documento que comprova a propriedade
Patrícia mostra o documento que comprova a propriedade

Uma obra que a Prefeitura está executando no jardim Palomar, bairro Fazenda Velha, tem causado dores de cabeça para os moradores. É a duplicação da rua Pedro de Alcântara Meira, em toda a sua extensão, até o encontro com a PR-423. O problema é que, de acordo com os denunciantes, a obra está avançando em áreas particulares dos terrenos e, apesar de já estar em estado adiantado, até o momento nenhum dos proprietários foi indenizado.

Revoltada com a situação, na tarde de quinta-feira, 25 de setembro, a moradora Patrícia Sanches Sovienski, fez um protesto solitário e jogou um caminhão de terra no meio da rua, na tentativa de impedir a continuidade dos trabalhos. Ela afirma que 66 metros quadrados do terreno dela foram invadidos pela obra da Prefeitura e que apesar das conversas mantidas antes do início das obras, até agora ninguém apareceu pra falar com os moradores sobre os ressarcimentos.

“Comprei um terreno de 240 metros quadrados e só uso 180, pois o restante fica do lado externo. Entrei em contato diversas vezes com o prefeito, com o ex-secretário de Obras, Clodoaldo, e agora com o atual o Fabio, conversei com o Leandro, com o Everton, conversei com o pessoal do Urbanismo, abri protocolo pedindo a indenização, porque isso é justo, mas eles não querem saber, só enrolam e dizem que devo esperar, só que enquanto eu espero a obra está acontecendo. O problema é que depois que a rua ficar pronta nunca mais receberei a indenização”, reclamou Patrícia, mostrando os títulos de propriedade do terreno.

Ela diz ainda que a própria Prefeitura forneceu a planta do terreno onde consta que está usando os 66 m². “As quatro casas aqui do lado tem a mesma planta, e eu tenho quase certeza que ninguém recebeu. No meu caso, pediram a escritura e levei na prefeitura. Quanto a terra que joguei no meio da rua, eu avisei que faria isso através da página do facebook do prefeito, mandei várias mensagens e me falaram que o terreno era meu e poderia fazer o que eu quisesse. Daí eu joguei a terra. Porque se a gente atrasa o IPTU não tem desculpa, eles tomam o imóvel da gente. Agora quero apenas o que me pertence por direito”, denunciou Patrícia.

Era previsto

A Prefeitura esclarece que não houve uma reunião específica com moradores, mas que todos os que procuraram informação tiveram suas dúvidas respondidas. A duplicação da via citada já estava prevista há muito tempo na diretriz para aquela região.

Ainda de acordo com a PMA, é preciso lembrar também que os moradores não podem construir em áreas de recuo da duplicação. Sobre a indenização, os interessados devem abrir um processo na Prefeitura e, caso seja reconhecido o direito, o pagamento ocorrerá mediante disponibilidade orçamentária.

Texto: Maurenn Bernardo / Fotos: Everson Santos

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