Não vai ter greve: servidores seguem negociando, mas trabalhando

Assembleia na tarde de ontem decidiu pela retomada das atividades, mas novas negociações entre Prefeitura, Câmara e sindicatos virão pela frente
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Assembleia na tarde de ontem decidiu pela retomada das atividades, mas novas  negociações entre Prefeitura, Câmara e sindicatos virão pela frente
Assembleia na tarde de ontem decidiu pela retomada das atividades, mas novas
negociações entre Prefeitura, Câmara e sindicatos virão pela frente

A paralisação do funcionalismo público municipal acabou, no entanto, o estado de greve será mantido. A decisão foi tomada no final da tarde de ontem, 19 de maio, em assembleia comandada pelos dois sindicatos que representam a ca­tegoria, Sifar e Sismmar. O encontro aconteceu minutos depois da realização de uma reunião entre representantes das entidades e da Prefeitura.

Os sindicalistas afirmaram que vão retomar as atividades normais para que a população não seja prejudicada, porém, as negociações devem continuar, mesmo porque, segundo eles, a proposta de reajuste de 3% não foi aceita por estar bem abaixo dos 9,30% da inflação. Os sindicatos também pretendem estabelecer uma nova mesa de negociações até o próximo dia 31, para discutir sobre o reajuste do vale-alimentação. Os sindicalistas afirmaram também que o Poder Legislativo se comprometeu em fazer com que parte da devolução dos recursos da Câmara sejam revertidos para um possível reajuste no vale-alimentação. Isso, porém, ainda não está certo, pois os edis não têm controle sob o destino desses recursos.

Os passos do movimento

A paralisação dos servidores aconteceu na última quarta-feira, 18, data em que deveriam ocorrer as negociações de data base dos servidores. Um dia antes, 17, os sindicatos já haviam enviado um comunicado para a administração municipal, informando que a greve estava decidida. Segundo a Prefeitura, tal atitude já teria colocado fim a qualquer forma de diálogo ou negociação. O anúncio foi rebatido pelos sindicatos, que alegaram ter dito no documento que a greve seria retomada no dia 20 de maio de 2016, caso as reivindicações dos servidores não fossem atendidas no dia 18 de maio, e caso não houvesse negociação efetiva.

Ainda na terça-feira, a PMA anunciou a reposição salarial de 3% aos servidores municipais no ano de 2016, que será paga já no mês de junho. O anúncio não agradou os sindicatos, sob alegação de que a proposta era arrochar os salários com um reajuste bem abaixo da inflação. O Município, no entanto, comprovou por meio de números que o reajuste era o máximo possível considerando o cenário atual das finanças da cidade.

Após o anúncio, os sindicatos se reuniram com alguns vereadores na tentativa de intervir na decisão da Prefeitura. Sem que a admi­nistração retrocedesse, na noite de quarta-feira um grupo de sindicalistas ocupou o Salão Nobre da Prefeitura, que fica no quarto andar do Paço Municipal, e lá permaneceram até que a Justiça, através da decisão liminar dada numa ação impetrada pelo Município de Araucária, determinou a saída dos manifestantes. Inicialmente, os sindicatos se recusaram a cumprir a ordem judicial e insistiram em ficar no prédio. A Prefeitura preferiu evitar qualquer mal entendido no cumprimento da reintegração de posse e não obrigou que os sindicalistas saíssem do local durante à noite. Com isso, o local só foi desocupado na manhã de ontem (19), de forma pacífica.

Expediente normal

Com a confirmação de que os sindicatos não deflagraram greve nesta sexta-feira, a população pode procurar tranquila qualquer repartição pública, pois elas devem estar funcionando normalmente.

TEXTO: Maurenn Bernardo e Waldiclei Barboza / FOTO: Everson Santos

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