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Neurologista de Araucária fala sobre a importância do uso da Cannabis para tratar certas doenças

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A liberação do uso da maconha para fins medicinais é um assunto polêmico que vem sendo discutido em vários países, inclusive no Brasil. No Paraná, a Assembleia Legislativa promulgou o projeto de lei 962/2019 (Lei Pétala) que desburocratiza o acesso a medicamentos e produtos à base de canabidiol (CBD) e tetrahidrocanabinol (THC) para tratamento de doenças, síndromes e transtorno de saúde.

A lei, muito aguardada por todos, facilitando o acesso a esse medicamento beneficiará inúmeras famílias com entes que poderão se valer desse produto para ter uma melhor condição de vida. A promulgação da lei diminuirá a burocracia para a aquisição do medicamento a base de cannabis, desde que estejam de acordo com as normas de saúde e autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Não será mais preciso acionar a Justiça para ter o direito. 

Os médicos da Clínica São Vicente já estão familiarizados com o tema, inclusive diversas especialidades vão poder utilizar o CBD e THC como terapia para seus pacientes. Ricardo Riet, especialista em neurocirurgia, cirurgia da coluna e cirurgia cerebrovascular, destacou que essa é uma grande vitória para muitas famílias que dependem dessa medicação para tratamento e uma melhor qualidade de vida de seus entes. “Na sua grande maioria esses medicamentos poderão ser usados para tratamento de doenças neurológicas em que medicações convencionais não surtem melhora ou apresentam efeitos colaterais desagradáveis, como no autismo, esclerose múltipla, alzheimer, dor crônica e epilepsia. Aqui na clínica temos um histórico de demanda de pacientes com prospecção ao uso, que são os casos de doenças neurológicas refratárias”, explica.

Riet diz ainda que os derivados de Cannabis vão ser mais facilmente prescritos, porém não limita a validade dos tratamentos convencionais já utilizados. “É apenas uma opção facilitada e eficaz para profissionais e pacientes, por isso não acredito que qualquer medicação tenha seu uso suspenso em virtude disso”.

Em Araucária

Há informações de que Araucária já teria uma paciente em tratamento pelo SUS com o uso da Cannabis para tratar Mal de Parkinson, mas a Secretaria Municipal de Saúde não confirma.

A SMSA disse não ter conhecimento do caso, mesmo porque o uso do canabidiol (CBD) e do tetrahidrocanabinol (THC) só vinha sendo liberado mediante ordem judicial. A secretaria ressaltou que, se de fato algum paciente já utiliza o medicamento, o mesmo deve estar sendo fornecido pelo Estado.