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Notas Políticas – Edição 1183

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  • Andanças

A vereadora Amanda Nassar e o diretor jurídico da Câmara, Gustavo Botogoski, visitaram a direção estadual do PSL nos últimos dias. A andança pela Capital já despertou muitos comentários em Araucária. Hoje, Amanda é filiada ao PSL e Gustavo ao PDT.

  • Sozinhos

Uma das razões que gerou os comentários por Araucária foi o fato de Amanda e Gustavo terem ido visitar a direção estadual do PSL sem a companhia dos atuais comandantes municipais da legenda, que são vinculados ao vereador Alexandre Jacinto, o Xandão. Outro que passou longe da pernada pela Capital foi Celso Nicácio, também vereador do PSL.

  • Convite

Pelo que apurou esta Coluna, quem teria provocado a visita ao PSL estadual foi a própria direção da legenda no Paraná, que convidou Amanda e Gustavo para uma discutir possibilidades para o pleito de 2.020. Isto porque seria intenção da sigla lançar chapas completas nas eleições municipais do ano que vem, inclusive com candidatos a prefeito e vice no maior número de cidades paranaenses possíveis.

  • Projeto

Quanto a eventual constrangimento aos vereadores locais do PSL, que sequer teriam sido avisados que Amanda e Gustavo teriam sido convidados para conversar com os caciques estaduais do partido, não se enganem. Isto porque ambos estariam mais preocupados atualmente em garantir que o PSL tenha uma chapa de candidatos a vereador competitiva em 2.020. Ou seja, se alguém com interesse majoritário chegar e trazer alguns candidatos a vereador que lhes sirvam de escadinha serão muito bem-vindos.

  • Nada definido

Mas, voltando à visita de Amanda e Gustavo ao PSL estadual, até onde se sabe, não houve nenhum tipo de batida de martelo durante a conversa. Ambos seguem observando possibilidades para o pleito que vem.

  • Março

Anotem aí: em março do ano que vem, quando a abrir a janela da infidelidade na política municipal, que é aquele período em que os políticos com cargos podem migrar de legenda sem o receio de perder o cargo, deve haver muito troca-troca na Câmara. Boa parte dos atuais vereadores não deve ficar nas legendas pelas quais foram eleitos em 2016.

  • Regimento

Está marcada para esta quinta-feira, 3 de outubro, uma reunião da Comissão de Inquérito constituída para apurar eventuais irregularidades no contrato de gestão entre o Município e o INVISA para gerir o Hospital Municipal de Araucária (HMA), encerrado em 31 de julho. Segundo o presidente da Comissão, o objetivo desse encontro é ler e aprovar o regimento interno da CPI. Só após essa aprovação é que as diligências propriamente ditas podem ser iniciadas.

  • Atrasos

Um grupo de médicos que prestam serviços ao HMA foi à Câmara na última sexta-feira, 27 de setembro, para reclamar do antigo instituto que geria o Hospital. Segundo eles, o INVISA não pagou tudo que lhes devia a título de prestação de serviços médicos. Algumas das notas pendentes seriam relativas ao mês de maio.

  • Bagunçado

Infelizmente essa questão da contratação dos médicos que prestam serviço ao HMA tem se tornado uma novela com capítulos repetidos. Isso porque, como se sabe, esses profissionais não têm vínculo empregatício com o instituto que gerencia o Hospital. A contratação se dá por meio de “pessoa jurídica”. Ou seja, na maioria dos casos, ele mesmo é o dono da empresa ou sócio de uma delas. Ou, pior, prestador de serviço da empresa que presta o serviço médico. Uma bagunça. Daí, diferentemente daqueles casos em que o empregado tem vínculo empregatício com o Instituto para trabalhar no HMA, o Município pode fazer pouco (ou nada) para garantir que eles recebam.

  • Sempre assim

De acordo com os médicos que foram reclamar na Câmara, essa fragilidade na contratação faz com que, sempre que há troca no gerenciamento do HMA, eles levem calote ou sejam os últimos a receber o que lhes é devido.

  • Em dia

Para se ter uma ideia de como é bagunçada essa contratação, tecnicamente falando, a atual empresa que gerencia o HMA, que é a Santa Casa de Birigui, está em dia com o pagamento dos médicos. Tecnicamente então não há risco de suspensão dos serviços, como algumas pessoas chegaram a ventilar. Porém, há sim médicos que foram lesados e até agora não receberam por algum tipo de prestação de serviço.

  • Repensar

Essas discussões todas (e discussões quase em looping, diga-se de passagem) sobre problemas no dia a dia do HMA precisam ter um fim. A administração tem que, de algum modo, sentar e discutir um modelo de gestão para o Hospital que não seja tão frágil e deixe tantas pontas soltas. O gerenciamento do local por meio de uma organização social, em tese, deveria ser a melhor alternativa, mas por estas bandas não está dando certo. Isto faz com que a Prefeitura, mesmo pagando mais de R$ 3 milhões por mês para que um instituto gerencie o local, fique com todo o desgaste quando os problemas aparecem. E, detalhe, os problemas aparecem todo o dia!

  • Gestão própria

Nunca é bom esquecermos que atualmente existe um Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre Ministério Público e Município para que a gestão do HMA passe a ser feita de maneira direta pela Secretaria de Saúde. O prazo para concluir esse processo termina no segundo semestre do ano que vem.

  • Núcleo Josué

Foi realizada nesta terça-feira, 1º de outubro, a fase de oitiva de testemunhas e acusados daquele processo em que o Ministério Público acusa o ex-vereador Josué de Oliveira Kersten de se apropriar de parte do salário de comissionados indicados por ele para trabalhar na administração pública ao longo dos anos de 2013 e 2016. Além dele, são réus neste processo José Bispo dos Santos Filho, o Bega, e Solange Aparecida Bernardo. Ambos, segundo o MP, eram os responsáveis por fazer a “coleta” da grana devolvida pelos CCs.

  • De volta?

Falando nessas ações, Ben Hur Custódio de Oliveira (PR), pediu à Justiça para voltar ao cargo de vereador. Como se sabe, ele está com o mandato suspenso desde o final do ano passado. A defesa de Ben Hur argumenta que a suspensão do mandato teria se dado como forma de ele não interferir no andamento processual. Agora, como ele já foi ouvido e com a fase de instrução da ação concluída, ele já poderia retornar à Câmara e aguardar lá a sentença. O pedido está com o Ministério Público, que deverá se manifestar sobre a concordância ou não do pedido. Depois disto, o processo vai para a juíza Debora Cassiano Redmond decidir se autoriza ou não o retorno do edil.

Texto: Waldiclei Barboza

Publicado na edição 1183 – 03/10/2019