Número de mulheres atendidas pelo CRAM dobrou durante a pandemia

Foto: divulgação
Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email
Número de mulheres atendidas pelo CRAM dobrou durante a pandemia
Foto: divulgação

Em Araucária, as mulheres vítimas de agressão contam com o apoio importante do Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência – CRAM, um espaço de acolhimento e atendimento psicológico, social, orientação e encaminhamento jurídico a estas mulheres. O Centro oferece o atendimento e acolhimento necessários à superação da situação de violência ocorrida, contribuindo para o fortalecimento da mulher e o resgate da sua cidadania. O principal objetivo das intervenções do CRAM é contribuir para que a situação de violência vivenciada pela mulher cesse, promovendo meios para que ela fortaleça sua autoestima e tome decisões relativas à situação de violência por ela vivenciada, sem, no entanto, ferir o seu direito à autodeterminação.

Segundo o CRAM, atualmente 162 mulheres estão sendo acompanhadas através de atendimentos presencias, contatos telefônicos, teleatendimento e também via aplicativo de mensagens (devido à pandemia da COVID-19). O número de vítimas aumentou durante a pandemia. Em 2019 foram aproximadamente 3.000 atendimentos no CRAM. Já em 2020 foram 7283, um aumento de mais de 100%.

Número de mulheres atendidas pelo CRAM dobrou durante a pandemia

O CRAM recebe todos os tipos de violência: física, psicológica, sexual e patrimonial, mas as mais frequentes são as ameaças, a violência física e psicológica. “É bastante comum que, mesmo sem conseguir identificar, várias mulheres sofrem algum tipo de violência psicológica, como isolamento, chantagem, perseguição, limitação do direito de ir e vir, vigilância constante; patrimonial como a proibição de trabalhar, controle do dinheiro, posse dos documentos pessoais; sexual, como impedir o uso de métodos contraceptivos, forçar o aborto, forçar gravidez; e moral onde o companheiro a acusa de traição, e expõe sua vida íntima”, explana o Centro.

Ainda segundo o CRAM, considerando o ciclo da violência (aumento da tensão – ataque violento – lua de mel), é comum que durante a fase da “lua de mel” as mulheres desistam de denunciar seus agressores. Mas passada essa fase, elas voltam a buscar o atendimento. Além disso, dependência emocional, financeira, pressão familiar e até mesmo questões religiosas acabam contribuindo para que muitas vezes a denúncia não aconteça, ainda que a mulher permaneça com o acompanhamento pelo CRAM.

O CRAM fica no prédio do Centro Dia Idoso, na Avenida Nossa Senhora dos Remédios 1073, 2º piso, no bairro Fazenda Velha. O horário de atendimento é de segunda a sexta, das 8hàs 12h e das 13 às 17. O fone é 3901-5162.

Publicado na edição 1247 – 04/02/2021

Compartilhar
PUBLICIDADE