O mal pelo mal

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Nesse mundo encontramos todo tipo de pessoa, mas há um certo tipo que nos incomoda e que, infelizmente, está em toda a parte. Não estou falando daquele que tira o pedaço maior do bolo para ele, que deixa o banheiro sujo, que quebra a árvore que a prefeitura plantou para embelezar uma rua. Poderia estar falando do pixador, do vândalo que depreda ponto de ônibus, do que entope o esgoto com lixo, do vizinho que liga o som alto ( geralmente de música de mau gosto ), do que mexe na correspondência dos outros, do que fala mal do semelhante quando ele mesmo não é exemplo para nada. Esses incomodam, mas todos terão o seu momento. A questão aqui é o abusador. Aquele que causa sofrimento, que pratica algum tipo de violência contra outro ser vivente.

Nós sabemos que isso tem solução, pois outros países e comunidades souberam lidar com eles e, se lá existem, pelo menos estão tão acuados que são obrigados a reprimir seus instintos bestiais. Podemos dizer que quem pratica violência contra um animal está igualmente disposto a praticá-la contra seu semelhante, só não o faz porque há consequências. Uma pessoa que maltrata um animal o faria tranquilamente contra uma criança, contra um deficiente, contra alguém mais fraco se tivesse oportunidade.

Nunca vamos resolver o problema da violência contra pessoas se não tratarmos simultaneamente da violência contra animais, pois em essência, o praticante é o mesmo. É uma pessoa que se sente impune o suficente para fazer e segurança no silêncio dos outros. Defender os animais não é besteira, a violência é parte de um todo e se manifesta de diferentes formas.

Muitos ditos psicopatas costumam atribuir seus atos a vozes que ouvem dentro de suas cabeças. É engraçado que essas vozes nunca ordenam a fazer o bem. Na verdade, querem atribuir a um pretenso ser maléfico aquilo que elas são. Se eles podem reprimir esses impulsos na frente da polícia ou seres mais fortes que eles, que são capazes de se defender, podem perfeitamente fazer isso a qualquer momento.

O melhor caminho para suprimir esses episódios de maus tratos a quem quer que seja é sempre manifestar o nosso repúdio, aplicar a lei e exigir o mesmo de nossas autoridades. Pense nisso e boa leitura.

Publicado na edição 1290 – 02/12/2021

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