Sua visão atenta e saudável
vê paisagens interiores reais –
doces e amargas, luzes e sombras –
mas firme você sustenta o olhar!
Porque você intui e sabe
que caminhar para si e
abrir-se ao autoconhecimento
é o mais acertado destino.
O processo é certamente árduo,
porém, no mais secreto âmago –
lugar divino, puro, sublime –
você se conhece original e livre!
Se o caminho é pedregoso,
o centro é simplesmente luz,
alegria natural, puro êxtase,
sem traumas que bloqueiam.
Os traumas rondam e espreitam,
mas não transpassam o núcleo,
porque lá é um espaço sagrado
onde você e Deus são UM.
Seu eu inferior e consciência infantil,
as máscaras, as imaturidades e dores
e tudo o que compõe seu lado trevoso
são periféricos, não ferem a essência.
Você pode se distrair com viagens
na esperança de ser feliz
e polir-se,
e no final descobre a grande ilusão,
pois é você a emocionante aventura.
Apesar da força do medo ilusório,
que paralisa e suga boas energias,
inevitável é olhar para si e ver-se,
perceber que a Vida está
em você.
A escolha adequada é trilhar-se,
explorar os itinerários e labirintos,
limpar o acesso que leva à Luz
para harmonizar
mente e coração.
Você vai descobrir
com encanto que
não nasceu só para
turistar a Terra,
mas também para conhecer-se,
purificar-se e transformar-se.
Não importa como chegou à vida,
nobre é realizar a história do amor
– relações de coração
para coração –
e a isso se chama de fato
evolução.
Publicado na edição 1299 – 12/02/2022