Desafio, a palavra que determinou o trabalho do diretor Jon Fravrol (Homem de Ferro) no live-action mais aguardado de todos os tempos, O Rei Leão. A fábrica de remakes da Disney coleciona sucessos de bilheteria e essencialmente de público, pois suas animações, principalmente esta, marcaram época e a infância nos quatro cantos do mundo, e talvez por esse motivo o desafio na adaptação desta vez, seja ainda maior.
Homenagear uma obra clássica como “O Rei Leão” é um trabalho extremo. Transformar personagens humanos em atores reais não é mais um problema para Hollywood, no entanto, em uma narrativa que conta apenas com animas para desenvolver um enredo, a conversa muda drasticamente de figura.
Jon Favrol trouxe um dos personagens mais peculiares das HQ’s para as telas com maestria e “Mogli – O menino Lobo” foi outra adaptação de sucesso na conta do diretor. A novidade na história de Simba e sua família está em trazer a fauna, os animais e o clima do produto original para um universo real, onde um leão tem de se parecer com um leão da natureza, e é aí onde a crítica encontra falhas no live-action.
As dificuldades de colocar expressões convincentes e condizentes com cada animal tornou o longa, segundo especialistas, em algo completamente diferente da experiência anterior. Simba, herdeiro de Mufasa, sofre com a carga emocional shakespeariana, seu dublador, Donald Glover, é quase eclipsado pelos personagens secundários. O destaque do filme fica com a dupla Timão e Pumba, que conseguem animar e convencer em todos os momentos. O Rei Leão é uma experiência nova, que não possui mudanças drásticas no roteiro original, mas que enchem os olhos com o realismo e a novidade, no entanto, apesar dos esforços, a tecnologia ainda peca, e fica atrás das animações.
Leia a sinopse
Simba (Donald Glover) é um jovem leão cujo destino é se tornar o rei da selva. Entretanto, uma armadilha elaborada por seu tio Scar (Chiwetel Ejiofor) faz com que Mufasa (James Earl Jones), o atual rei, morra ao tentar salvar o filhote. Consumido pela culpa, Simba deixa o reino rumo a um local distante, onde encontra amigos que o ensinam a mais uma vez ter prazer pela vida.
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