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Editorial: Transtornos passageiros, benefícios permanentes

O trabalho de um veículo de imprensa na atualidade não é dos mais fáceis. Num país polarizado politicamente, não raramente as partes envolvidas numa notícia culpam o jornalismo e seus operadores pelo teor do que está sendo veiculado. Ou seja: culpa-se o carteiro pelo teor da carta!

Para um veículo de imprensa local, as dificuldades são ainda maiores. Isto porque vivemos e frequentamos os mesmos locais que os personagens das notícias ou as entidades e partes que essas pessoas defendem em detrimento da notícia.

O trabalho do jornalismo e de seus operadores é vital numa democracia. É, da mesma forma, essencial num país que preza o exercício da liberdade de expressão e do direito a que todos temos de sermos informados.
Apesar desse reconhecimento indiscutível da relevância do trabalho da imprensa ainda são muitos os desafios que enfrentamos diariamente. Esta semana mesmo, um profissional de O Popular foi alvo de uma tentativa de interrupção de seu trabalho. Não fosse a experiência que ele adquiriu ao longo de anos e anos de serviços prestados à informação, a abordagem poderia ter terminado numa agressão. Com desenvoltura ele contornou a situação e concluiu sua missão: informar.

No campo político, não invariavelmente, as coberturas desagradam. Há momentos em que profissionais de O Popular são questionados em tom áspero por políticos com mandatos, seus cabos eleitorais, sindicalistas, apoiadores desses ou daqueles candidatos e assim por diante.

Sempre há alguém descontente com a notícia. Mas, mesmo assim, O Popular jamais se esquivou de dá-la com a contextualização necessária. Sim, porque toda e qualquer notícia precisa ser levada ao leitor com a devida análise. É este o trabalho do jornalista moderno: apurar, analisar, contextualizar e só então posicionar o leitor sobre determinada pauta, sempre com independência. Pensemos todos nisso e boa leitura!

Publicado na edição 1280 – 23/09/2021

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