Obstetra sugere que mulheres adiem gravidez diante de variante mais agressiva do coronavírus

Foto: divulgação
Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email
Obstetra sugere que mulheres adiem gravidez diante de variante mais agressiva do coronavírus
Dr Claudio concorda com posicionamento do Ministério da Saúde. Foto: divulgação

O Ministério da Saúde protagonizou recentemente, uma série de matérias se mostrando favorável ao adiamento da gravidez diante de uma variante do coronavírus no Brasil, que tem se mostrado mais agressiva em mulheres grávidas. A pasta recomendou postergar a gestação nesse período crítico da pandemia, mesmo que ainda não existam estudos que comprovem isso. O MS disse que não há estudo nacional ou internacional, mas a visão clínica de especialistas mostra que a variante nova tem ação mais agressiva nas gestantes. Antes, a gravidade estava ligada ao final da gravidez, mas agora, constatou-se uma evolução mais grave no segundo trimestre e até no primeiro trimestre.

Obstetra sugere que mulheres adiem gravidez diante de variante mais agressiva do coronavírus
Foto: divulgação

O ginecologista e obstetra Claudio Bednarczuk, que trabalha na Clínica São Vicente de Paulo, e que há 11 anos fez parte do corpo clínico do Hospital Municipal (HMA), disse concordar com o posicionamento do Ministério da Saúde, “Concordo em gênero, número e grau, porque com as cepas e mutações novas, não se sabe o grau de comprometimento do feto. Com certeza, essa não é hora de engravidar. Sabemos muito pouco, mas esse pouco nos leva a acreditar que as novas mutações tendem a ser e a causar quadros mais graves”, observou o médico.

Diante dos seus mais de 30 anos de experiência na Medicina e com incontáveis partos já realizados, ele recomenda que as grávidas avaliem postergar a gestação no período de pico pandêmico, como aconteceu no período da epidemia da zika no Brasil. “Se possível, elas devem aguardar um melhor momento para ter uma gravidez mais tranquila. A recomendação talvez não valha para as mulheres com mais de 40 anos que pretendem ser mães, mas para uma mulher jovem, que pode esperar um pouco, é o que recomendamos no momento”, afirma o médico.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1258 – 22/04/2021

Compartilhar
PUBLICIDADE