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Olhos para o futuro

Editorial: Transtornos passageiros, benefícios permanentes

Houve um tempo, no tempo de nossos pais, avôs ou bisavôs, que era possível entrar numa empresa aos dezoito anos e saber, com boa margem de certeza, que iria se aposentar ali. Há casos inclusive que várias gerações da mesma família passaram pelos mesmos postos de trabalho. Fechamento ou falência de uma empresa era considerado uma catástrofe, uma demonstração de incompetência da administração. De lá para cá o mundo da indústria modificou radicalmente.

Vimos o fechamento da Labra, da Fafen, da Guaíra, acompanhados dos lamentos daqueles que foram diretamente prejudicados por isso. Porém, vivemos num período em que os fatos acontecem de forma dinâmica. Produtos se tornam rapidamente obsoletos, processos de produção se tornam caros, uma empresa monta uma planta mais eficiente em outro lugar e se muda, fechando a velha. Os postos de trabalho mudam.
Se antes era possível passar uma vida laboral inteira num mesmo posto de trabalho, hoje o homem, assim como a indústria, precisa se reinventar. Aquilo que pareceu ruim a curto prazo, na verdade se mostra bom a longo prazo. Um funcionário mais especializado ou flexível ganha melhor. Uma empresa reciclada é mais eficiente, gera mais lucro e paga melhores salários.

Vemos tudo isso e muito mais acontecendo bem aqui, no nosso município. Algumas empresas saem, outras entram, outras ainda voltam. Araucária já é o pulmão industrial do Paraná. Não devemos temer o futuro se nosso município apresenta e sempre apresentará as melhores condições para o desenvolvimento da atividade industrial. Um desses exemplos é a Gerdau, que por vários anos teve uma siderúrgica instalada aqui. Por algum motivo precisou encerrar as atividades por algum tempo, mas as boas condições continuaram existindo na cidade, então agora ela volta. Alguns outros têm descoberto as vantagens de se produzir aqui e estão se instalando. Vamos parar de chorar pelo que se perdeu e, às vezes, não vai voltar. Vamos nos preparar para o futuro, e lucrar com ele. Pense nisso e boa leitura.

Publicado na edição 1259 – 29/04/2021

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