Oportunidades!

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Historicamente, Araucária sempre olhou torto para o seu setor industrial e comercial. Deu a eles um mero papel de coadjuvante na construção do desenvolvimento da cidade.

Fez isso mesmo sabendo que nossa riqueza vem justamente do trabalho dessas empresas. Isso, porém, não impediu o poder público de manter o setor empresarial a uma distância, digamos assim, segura. Mas segura do quê? Ora, muito possivelmente, segura das práticas que tornaram essas empresas bem-sucedidas, cada uma dentro de suas possibilidades, em seus segmentos.

E como é que uma empresa “sobrevive” num país como o Brasil, acostumado a esmagar quem ousa empreender, com sua burocracia absurda e carga tributária escravizante? A resposta é: com gestão técnica. Com meritocracia. Com foco. Não admitindo desperdício. E assim por diante. Ou seja, com práticas que nem sempre são bem-vindas na administração pública.

Talvez conscientemente (ou nem tanto), a classe política não chamou o setor industrial e comercial para conversar porque “eles” poderiam vir com essas ideias que dão muito trabalho para efetivar, além de impedir práticas, às vezes, não muito republicanas e que tiram votos. Logo, para quê conversar com eles? Afinal, o dinheiro de seus impostos o setor público sempre vai ter, eles gostando ou não.

Justamente por conta desse contexto histórico que é muito bem-vinda a iniciativa da atual administração municipal de tentar mudar esse quadro, criando o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico de Araucária, deixando que essas empresas também possam ajudar a construir a Araucária do amanhã.

Gostando ou não da forma como a administração municipal vem sendo conduzida, é indiscutível que a gestão vem acertando até aqui no que diz respeito a construção desse Conselho. Da mesma forma, acertou a Câmara em aceitar dividir parte de seus poderes com o Conselho recém-formado. Justamente por isso, merecem parabéns ambos os poderes.

Fica a torcida agora para que o setor produtivo abrace e se empenhe em fazer do Conselho uma ferramenta útil para o desenvolvimento de Araucária. Até porque, daqui pra frente, o que não der certo por essas bandas em termos de desenvolvimento não será mais culpa só da classe política. Boa leitura!

Publicado na edição 1170 – 04/07/2019

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