No início da sua missão, Jesus escolhe alguns para segui-lo de modo especial, a fim de darem continuidade à sua missão. Nome emblemático é o de Pedro, que era pescador, e, Jesus chama-o a ser pescador de homens. Ele se sente pequeno, frágil, um grande pecador, mas, mesmo assim larga tudo e segue o Mestre. Seu irmão André é também um dos 12, assim como Tiago e João que também eram pescadores. Jesus, na verdade, escolhe aqueles que ele quer, e, não os santos, os perfeitos. É significativo esse reconhecimento de Pedro e sua pequenez. Mas, no contato diário com o Senhor, ele vai aprendendo aquilo que é essencial para a missão. Vive altos e baixos, muitas vezes de modo um tanto instintivo, prometendo muitas coisas, mas, negando diante das adversidades. Pedro foi compreendendo aos poucos o que significava seguir a Jesus e as consequências deste seguimento. Oscila entre um ‘sim’ cheio de entusiasmo, a um ‘não’, diante das situações adversas e perigosas. Na verdade, aos poucos ele vai entendendo que o messianismo de Jesus não é de glória, mas, vai passar pela morte humilhante na cruz. Um messianismo cheio de amor, até as últimas consequências.
A igreja foi fundada sobre o alicerce dos apóstolos, pois, foram eles que levaram a boa nova do evangelho para os confins da terra. Se não fossem eles, tudo teria sucumbido após a morte de Jesus. São eles que saem pelo mundo, pregando o Cristo ressuscitado e vivo no meio de nós. Paulo, que não teve a graça de conhecer pessoalmente a Jesus, de repente se sente atraído por ele a ponto de largar tudo para segui-lo. De perseguidor implacável, torna-se o missionário dos gentios, dos pagãos, carregado de um entusiasmo sem limites. Ele mesmo vai afirmar: para mim o viver é Cristo e o resto é lixo. Não teme as perseguições nem as prisões e os açoites, pelo contrário, sente orgulho e alegria de sofrer por causa de Cristo e do seu evangelho. É impressionante como Paulo se apaixona por Jesus e pelo seu evangelho! Um verdadeiro modelo de missionário, pronto a dar a vida por Jesus.
Hoje Jesus continua passando e chamando a cada um de nós para segui-lo. No passado se dizia que Jesus chamava os meninos para serem padres e as meninas para serem religiosas. E onde ficavam os leigos? Na verdade, todos nós somos chamados desde o nosso batismo a sermos seguidores de Jesus. São tantos os ministérios na Igreja, para serem sal da terra e luz do mundo. É muito bonito ver jovens participando na Igreja, com alegria e muito entusiasmo. E, graças a Deus, encontramos tantos empenhados com a causa do evangelho. Além de tantos casados, famílias, que se dedicam plenamente pela igreja, nas diversas pastorais e movimentos. O chamado é para dar testemunho alegre e vibrante de Jesus, o nosso Salvador.
Uma das coisas que mais me encanta como sacerdote, é ver famílias inteiras participando da Igreja no dia do domingo. Com certeza, serão famílias abençoadas por Deus e saberão enfrentar com mais coragem as adversidades da vida. E, mais ainda, quando todos participam de alguma pastoral ou algum movimento, testemunhando a sua fé cristã. O evangelho de Jesus não pode ficar parado, engessado, é preciso anuncia-lo com alegria, como ‘o caminho, a verdade e a vida’. Assim como Pedro e os demais apóstolos, assim como Paulo, cada um de nós é chamado a ser missionário do Senhor.
Edição n.º 1451.