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Relberth, com o Volkswagen 1600L ‘Zé do Caixão’ brasileiro, que está sendo leiloado nos Estados Unidos. Foto: divulgação
Paixão por carros antigos incentivou araucariense a restaurar raridades
Relberth, com o Volkswagen 1600L ‘Zé do Caixão’ brasileiro, que está sendo leiloado nos Estados Unidos. Foto: divulgação

Ser um restaurador de carros antigos requer muita paciência, paixão e, é claro, um sentimento de nostalgia. E é o trabalho minucioso dos restauradores que faz com que muitos veículos que ficaram apenas nas lembranças ou em fotografias, voltem a circular pelas ruas, em perfeito estado. Entre os profissionais que se aventuram por esse mundo, existem os amadores, que às vezes demoram anos para deixar em perfeito estado um carro antigo e os profissionais, que fazem do talento de recuperar veículos históricos a sua fonte de renda.

Um desses profissionais é o araucariense, Relberth Rosa e Silva, 43 anos. Ele relata que o gosto pela restauração vem desde criança e com o passar dos anos foi se tornando uma paixão. “Técnico de segurança do trabalho de formação, Relberth diz que o trabalho que faz com os carros é de restaurador e customizador. “Minha paixão por carros antigos, principalmente Fusca, vem desde criança. Meu avô tinha uma Karmann-Ghia e eu era apaixonado por ela. Mas infelizmente na minha pré-adolescência ele terminou vendendo, aí veio uma tristeza enorme, pois eu não pude comprar. Quando eu tinha 13 anos comprei meu primeiro carro antigo e desde então já faz 30 anos que não parei com essa ‘doença’”, brinca Relberth.

Para o restaurador, o maior prazer é pegar um carro que ninguém dá nada e deixar lindo. “Já tive Fiat 147, Passat, Gordini e mais de 10 fuscas. Sempre arrumava os carros para o meu uso, mas sempre aparecia uma pessoa interessada em comprar. Assim, terminei virando um caçador de relíquias, onde garimpava na internet ou por indicação de amigos mesmo e ia atrás dos carros que eu achava interessante”, disse.

Relberth sempre teve preferência por carros da Volkswagen, especialmente os fuscas, e acabou se especializando no modelo. “Muitas pessoas falam que Fusca é tudo igual, mas estão enganadas, tem muita coisa diferente neles”.

De Araucária para o mundo

Os carros customizados pelo araucariense ficavam tão bonitos que ele começou a vendê-los para pessoas que fazem rifas, colecionadores ou compradores que tem contatos fora do Brasil, cujo objetivo é a venda no exterior, para clientes particulares ou em leilões. “Já vendi carros para colecionadores do Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Atualmente tem um projeto meu que está sendo leiloado na Flórida/EUA. É um Volkswagen 1600L ‘Zé do Caixão’ brasileiro”, conta.

Relberth comprou o carro de um senhor que tinha praticamente abandonado o veículo. Desmontou ele todo, fez a mecânica, elétrica, suspensão personalizada, instalou itens de época, rodas e acessórios. “Depois vendi para um rapaz do Rio de Janeiro, que envia carros para os Estados Unidos e para a Europa, para colocá-los à venda em leilões. Inclusive ele disse que se eu fizer outros projetos, ele tem interesse em adquirir”, comemorou.

Na prática

O mais interessante no trabalho do Relberth é que ele não fez nenhum curso para se tornar um restaurador, tudo que sabe aprendeu no dia a dia, customizando um carro ali e outro lá. “Fiz muitas pesquisas na internet, em revistas e com pessoas de grupos de antigos. Inclusive participo sempre de encontros e exposições e faço parte de mais de 20 grupos de whatsapp, formado por pessoas apaixonadas por carros antigos. Tudo que eu sei, aprendi na prática mesmo”, diz.

Siga o Relberth no Instagram (Relberth Silva) e conheça mais sobre o seu trabalho de transformação de veículos antigos.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1292 – 16/12/2021

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