Para evitar rombo, Prefeitura planeja pisada no freio das despesas

Secretário diz que medidas estão sendo tomadas em conjunto com outras secretarias
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Secretário diz que medidas estão sendo tomadas em conjunto com outras secretarias
Secretário diz que medidas estão sendo tomadas em conjunto com outras secretarias

Com a casca de banana logo ali na esquina e visível para quem quiser vê-la, a Prefeitura de Araucária trabalha agora para não acabar pisando nela e cair um tremendo tombo. Basicamente é isso o que a Se­cretaria Municipal de Finanças (SMFI) explicou esta semana à reportagem de O Popular sobre quais são as medidas efetivas que estão sendo tomadas pelo Município para evitar o rombo da ordem de R$ 100 milhões, projetado para as contas públicas ao final deste ano.

A notícia do rombo foi dada por nossa reportagem na edição de 27 de maio, com base nos números passados pela SMFI em audiência pública de prestação de contas realizada na Câmara de Vereadores também na semana passada. Algumas pessoas, no entanto, entenderam a informação como uma declaração de falência do Município. Mas não é bem assim. Isso porque, como a própria matéria havia deixado claro, o rombo de R$ 100 milhões é projetado e considera um cenário em que a totalidade do previsto na lei orçamentária anual seja realizada e a arrecadação siga se comportando abaixo do esperado.

Conforme o secretário de Finanças, Sidney Azarias Inácio, considerando o cenário atual, a Prefeitura já está tomando medidas para evitar ou pelo menos minimizar ao máximo o déficit orçamentário ao final do ano. “São várias as medidas que estamos tomando para trazer o que foi previsto em orçamento à realidade financeira das contas públicas. É bom lembrarmos que já iniciamos 2016 com um déficit de R$ 21,5 milhões e isso aconteceu por conta da crise que vivemos em nosso país e que tem reflexos diretos nas nossas finanças. Todo brasileiro sabe que o momento da economia não é bom, estamos recebendo menos recursos do que esperávamos do Governo Federal e Estadual e também aqui na cidade a arrecadação não se comporta da maneira que prevista. Em contrapartida, no entanto, as despesas continuam crescendo e nem sempre são despesas que podemos simplesmente cortar ou nos negarmos a pagar”, explicou.

Conforme Sidney, entre as medidas que estão sendo adotadas está o decreto que autoriza o bloqueio de 14% do que foi previsto na lei orçamentária das secretarias. “Como chegamos a esta porcentagem? Analisamos o que efetivamente se arrecadou no primeiro bimestre de 2016 e estabelecemos no decreto que, em regra, a arrecadação será 14% menor do que o previsto e este percentual deverão ser cortados das despesas”, informou.

Ainda conforme o secretário, a Secretaria de Governo, com base na necessidade de se pisar no freio das despesas, está promovendo reuniões com todas as secretarias e revendo os contratos de serviços contínuos e aqueles que utilizam verbas de livre utilização pelo Município. “Tudo isso para equalizar a realidade financeira do município com a previsão de orçamento inicial. Com isso o governo pretende buscar a redução de custo sem atingir a prestação de serviço ao cidadão, visando reduzir eventuais desperdícios e oti­mizar recursos”, explicou.

Texto: Waldiclei Barboza / FOTO: Everson Santos

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