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Páscoa – A vida venceu a morte

Jesus ressuscitou! Ele está vivo entre nós! A morte não tem mais poder sobre ele! Ele passou da morte para a vida. Movidos pela certeza ressurreição, os seus seguidores saem pelo mundo dando testemunho disso. Um testemunho alegre, entusiasmado, cheio de convicção que se reflete através do seu jeito de viver e de enfrentar as grandes adversidades. Eles nada temem, nem mentiras, perseguições, martírios, porque o que os move é o Cristo ressuscitado. Esse jeito de viver dos apóstolos e cristãos, alegres, unidos, como irmãos, atraía tantos outros a seguirem a proposta do Mestre, mesmo que isso custasse a eles a própria vida. Mais do que isso, a morte dos cristãos, em defesa do evangelho, despertava em tantos outros o desejo de fazerem o mesmo. O testemunho dos primeiros cristãos, cheios de coragem, mesmo diante do sofrimento, atraía muitos pagãos à conversão e mudança de vida.

O cristianismo não nasce na sexta-feira santa, a partir da morte do Salvador, mas na Páscoa, no domingo da Ressurreição. Se Cristo não tivesse ressuscitado, a Igreja jamais teria existido. São Paulo vai afirmar que se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa fé. A Igreja nasce movida pelo espírito do ressuscitado, vivo e presente no meio de nós. Alegres, animados, mulheres e homens, saem pelo mundo dando testemunho da sua ressurreição. Impressiona nos primeiros cristãos, esta certeza que se faz viva, através de palavras, gestos e entrega total pelo evangelho, mesmo que isso custe a sua própria vida. Eles não temem o império romano, tão violento com os primeiros cristãos, porque o espírito do Senhor ressuscitado os guia, os move, os conduz em todos os momentos de suas vidas.

Páscoa é passagem da morte para a vida. O Senhor venceu as trevas da morte e ressuscitou pleno e glorioso, e, continua para sempre vivo em nosso meio. É essa a certeza que nos move assim como guiou e animou os cristãos das primeiras comunidades. Caso contrário, como diz São Paulo, somos os mais dignos de compaixão. Será que realmente nós compreendemos o sentido da Páscoa? O que mais nos atrai? A sexta da paixão e da morte do Salvador, ou o domingo da Páscoa, dia da ressurreição do Senhor? O papa Francisco vai nos dizer que muitos cristãos nunca fizeram a experiência da Páscoa, pois continuam ainda na sexta-feira da paixão. A morte para eles tem muito mais poder do que a vida.

Diariamente nós somos chamados a fazer a experiência da Páscoa, da ressurreição, passando das trevas para a luz, do desespero para a esperança, da tristeza para a alegria, da derrota para a vitória. Toda vez que algo de ruim acontece em nossa vida, o Senhor ressuscitado nos convida a olharmos tudo isso à luz da fé. Não podemos deixar-nos abater e permanecer debaixo da cruz, como se aquele problema, aquela situação dolorosa não tivesse mais solução e fosse o fim de tudo. Não fomos criados para a morte, para a destruição, para o desespero, para a tristeza, mas, para a vida. Claro, vivemos situações duras, pesadas, como essa que enfrentamos nesse momento da pandemia. Quantas pessoas perdendo seus entes queridos, quantas mortes inesperadas, quantos filhos perdendo seus pais, marido perdendo esposa ou vice-versa, pais perdendo seus filhos, amigos que partem sem se despedir. Parece o fim de tudo! O Cristo ressuscitado surge para nos animar e nos garantir: não é o fim de tudo. Existe vida após a morte! E é isso que nos move e nos anima, pois, do contrário, a vida perderia toda sua razão de ser. Seria realmente um desespero, mas, o espírito do Cristo ressuscitado nos dá a garantia que, assim como ele, todos nós fomos feitos para a vida eterna.

Publicado na edição 1255 – 01/04/2021

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