A pequena Júlia Balardim, de apenas um ano e dez meses, se recupera bem da cirurgia que precisou fazer após ser atacada por um macaco dentro do apartamento da família. O Condomínio Residencial Araucária Park, que fica na Avenida Independência, bairro Boqueirão, está localizado ao lado de um bosque, onde muito possivelmente vive o bugio.
O ataque aconteceu na manhã da última quarta-feira, 14 de novembro. Júlia estava brincando com a irmã de sete anos, ambas sob a supervisão da mãe, que saiu da sala para apanhar algo no cômodo ao lado. Foi quando, do nada, o bugio entrou pela porta da sacada e foi em direção a criança, mordendo-a na cabeça. Júlia caiu e, com a pata, o macaco causou outro ferimento na testa da bebê. Neste momento, a mãe voltou correndo, apanhou o animal pela pelagem e o jogou para fora, sendo – inclusive – também ferida no braço.
Os ferimentos causados na criança foram graves. Ela foi encaminhada ao Hospital do Trabalhador, em Curitiba, onde foi submetida a uma cirurgia plástica para reconstrução de parte do couro cabeludo. Júlia também precisou levar sete pontos na testa. Segundo o pai da bebê, Fernando Henrique Balardim, ela segue internada, em observação, e não tem data para receber alta. “Agora, a internação é mais para acompanhamento por se tratar de mordida de animal silvestre, tem todo um protocolo que precisa ser feito”, explicou.
Fernando comentou ainda que, apesar do susto inicial ter passado, sua preocupação agora também é com os traumas que esse episódio pode deixar em suas filhas. “Elas não querem voltar para casa. Têm medo de o macaco voltar. Minha filha mais velha vê um cachorro marrom e já fica com medo, pensando que é um macaco”, comentou.
Captura
Na manhã desta sexta-feira (16), o macaco foi visto novamente no condomínio. Ele estava no topo de uma árvore, só observando. Técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) foram até o local novamente para conversar com os moradores e explicar que na próxima segunda-feira (19) o bugio deve ser capturado, numa operação conjunta com a Força Verde. Até lá, a orientação é a de que os moradores do local deixem as janelas e portas fechadas e não brinquem no trecho do bosque que fica dentro do residencial.