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Passos de formiga e sem vontade

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Depois de muita confusão entre Municípios e a Comec, que é vinculada ao Estado, sobre a integração dos ônibus da capital e Araucária, e, após as legítimas manifestações da população, os prefeitos, Gustavo Fruet e Olizandro, resolveram “tomar frente” e resolver o imbróglio. O retorno da integração atendeu aos gritos do povo, mas, e agora? A volta da integração vai atender toda a demanda? Quem realmente vai pagar a conta do ato heroico dos Chefes do Executivo?

Em entrevista ao jornal Gazeta do Povo, publicada no site do periódico no dia 16 de abril, Olizandro explicou que a proposta a ser construída entre Cmtc e Urbs pode não ser nos moldes do que era antes, mas garantiu que se chegará a um ponto em comum. O prefeito ainda afirmou que poderia dizer que bancaria a reintegração em linhas especiais, mas que não sentia-se satisfeito em ter que bancar o subsídio para manter a integração, pois, de acordo com ele, o papel de gerenciamento das linhas metropolitanas é da Comec.

Quem mora em Araucária sabe que os ônibus não passam por todos os bairros e deve saber também que a população da área rural permanece desassistida. Quem mora em Araucária já pagou contas que não eram suas e está cansado de ter que esperar por atitudes do governo. A indignação toma conta do coletivo quando percebe-se que somente através de atos “revolucionários” os governantes ouvem a população.

Ações de cunho heroico deveriam fazer parte do dia a dia da administração pública e não somente quando o povo se rebela… E revolta-se com toda a razão, pois quando o Estado é omisso e esquece-se dos seus deveres, cabe ao povo reivindicar seus direitos. Independente se é responsabilidade da Comec, dos Municípios, da Urbs, da Cmtc, o serviço deve funcionar e atender à todos sem distinção, afinal é através dos impostos pagos por cada cidadão que o Estado caminha, ainda que “com passos de formiga e sem vontade”.