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Os padres Andre Marmilicz, Pedro Klidzio e Eugênio Wisniewski, na Missa de Ação de Graças. Foto: Marco Charneski
Pe. Pedro Klidzio comemora 50 anos de sacerdócio
Os padres Andre Marmilicz, Pedro Klidzio e Eugênio Wisniewski, na Missa de Ação de Graças. Foto: Marco Charneski

No dia 4 de julho, o padre Pedro Klidzio, atual vigário paroquial do Santuário Nossa dos Remédios, completou 50 anos de ordenação sacerdotal. O Jubileu de Ouro foi comemorado no domingo, 25, com uma Missa de Ação de Graças, celebrada na Igreja Matriz. Prestes a completar 77 anos, ele dedicou mais da metade da vida a servir ao próximo. E ainda brinca, dizendo que ainda tem muito que aprender. Mesmo debilitado pela saúde fraca, Padre Klidzio ainda exerce a função de vigário com dedicação e amor. Para ele, a essência da vida de um sacerdote é servir as pessoas. “Mas só pode servir quem tem vocação. Eu quero servir até quando não tiver mais forças. Continuo rezando missas, visitando as comunidades que pertencem à paróquia, conforme a pandemia permite. Temos que nos colocar por inteiro a serviço, mas infelizmente os tempos atuais nos limitaram bastante”, lamentou o sacerdote, que sempre foi conhecido por desenvolver um trabalho religioso e espiritual junto às pessoas, visto que além das suas formações em Teologia e Filosofia, é formado em Psicologia.

A vocação

Padre Klidzio lembra com emoção do dia em que decidiu entrar para o sacerdócio. “Eu morava em Guarani das Missões, no Rio Grande do Sul, uma cidadezinha pequena, perto da divisa com a Argentina, onde a população é muito religiosa, e tive a oportunidade de acompanhar exemplos de muitas pessoas que se dedicaram à vida cristã. Estudei no colégio das Irmãs da Sagrada Família Nossa Senhora Auxiliadora, que apoiavam as vocações sacerdotais e religiosas. Fui refletindo cada vez mais sobre isso e um certo dia, um fato pitoresco acabou despertando em mim o desejo de ser padre. Na frente da casa onde eu morava passava uma estrada que ligava Guarani das Missões a outras pequenas comunidades e o padre da paróquia local passava por ali todos os dias. Um dia ele atolou seu carro e pediu socorro pro meu pai. Eu vendo aquele padre ali, com a batina suja de barro, empurrando o carro, na maior simplicidade do mundo, demonstrando apenas a preocupação em chegar ao seu destino, onde pessoas o aguardavam para um trabalho religioso, pensei: quero isso pra mim!”, relembra.

Passados alguns dias daquele episódio, o sacerdote contou que um padre visitou o colégio onde ele estudava, pegando os nomes dos jovens que tinham interesse em estudar para ser padre. “Eu tinha parentes religiosos e isso também me ajudou a tomar a decisão. Com 12 anos vim para Araucária e fiz o ginásio no antigo Seminário, depois fiz faculdades de Filosofia e Teologia, em Curitiba, e em 4 de julho de 1971, aos 27 anos, fui ordenado padre. Minhas bodas de prata no sacerdócio também comemorei em Araucária, em 1996. O cinquentenário eu comemorei na minha cidade natal e também aqui, no domingo passado, e foi uma emoção muito grande receber tantas homenagens”, disse o padre, lembrando que antes de ser ordenado, já havia trabalhado em Araucária.

Após se tornar padre, ele foi trabalhar no Seminário, ainda no Município, e depois se tornou diretor do curso de Teologia no Seminário Maior São Vicente de Paulo, em Curitiba. “Depois voltou para Araucária, ficou dois anos e meio, voltou para o Seminário de Filosofia Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, até ser nomeado Provincial, onde ficou por três anos na Casa Provincial, em Curitiba. Depois foi para São Paulo, no Santuário São Vicente de Paulo, e lá permaneceu por oito anos e meio. “Voltei para o Seminário em Araucária, fui para a Paróquia Santo Antônio, em Curitiba, retornei para São Paulo, onde fiquei por mais dois anos e meio, em 2019 fui para a Paróquia Dom Pedro II, em Campo Largo, e finalmente em 29 de março deste ano, fui nomeado vigário no Santuário Nossa Senhora dos Remédios, em Araucária. É muita história e com certeza muitos detalhes se perderam”, brincou.

Padre Klidzio também aproveitou para convidar os jovens que sentirem no coração o desejo se se tornarem padres, a procurarem o seminário. “O jovem que sentir o chamado, deve ter coragem e buscar a preparação para a vida religiosa. Estamos vivendo em um mundo cada vez mais individualista e solitário, e precisamos de sacerdotes que sintam amor ao próximo, que se dediquem a ajudar as pessoas”, disse.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1272 – 29/07/2021

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