Nesta quinta-feira, 29 de outubro, a Polícia Civil de Araucária elucidou um crime ocorrido na cidade, em junho de 2016, e prendeu dois acusados, sendo um homem e uma mulher, além de um terceiro envolvido, um traficante, que já se encontrava preso. Na época dos fatos, dois rapazes foram assassinados a tiros, em uma boate, por conta de um desacerto de dívidas de drogas. Segundo a polícia, as vítimas eram amigos e um deles tinha um caso amoroso com uma mulher que trabalhava em uma boate no município. Sabendo disso, o suspeito que já estava detido e dois comparsas fizeram uma proposta para a garota, ofertando dois mil reais para que ela atraísse uma das vítimas, em razão da afinidade que tinha o rapaz. A moça então, atraiu a vítima para a emboscada.
Chegando na boate, a vítima e seu amigo foram surpreendidos pelo traficante e mais duas pessoas, que os colocaram no carro e mataram os dois dentro do veículo. O amigo da vítima morreu de graça, pois estava na hora e lugar errado, só estava acompanhando o alvo, que tinha um caso amoroso com a garota de programa. Depois os criminosos foram até um matagal e atearam fogo no corpo dos dois.
Após anos de investigação, ouvindo testemunhas, juntando laudos periciais, o delegado Tiago Wladyka e sua equipe identificaram a garota que atraiu as vítimas para morte e os outros dois indivíduos que mataram os dois rapazes. Com a identificação dos autores, o delegado representou pela prisão preventiva dos três, junto ao judiciário. O traficante, que já estava preso por tráfico de drogas, agora responderá preso pelo duplo homicídio. A garota foi presa pelo delegado e pelo seu investigador em Tijucas do Sul e o outro comparsa foi preso no final da tarde de quinta-feira, pela equipe de investigação da Delegacia de Araucária.
O inquérito foi concluído e os presos permanecem agora à disposição da justiça.
Relembre o crime
No dia 29 de junho de 2016, um morador encontrou dois corpos parcialmente queimados no meio de um matagal, ao lado da estrada que dá acesso a Colônia Cristina, na altura da localidade rural conhecida como Taquarova. A Criminalística constatou que os dois, até aquele momento sem identificação, tinham sido mortos a tiros e depois foi ateado fogo nos corpos. Embora o matagal fosse bastante alto e estivesse bem seco, só havia sinais de queimado no local onde estavam os corpos, condição que levou a polícia a crer que o crime teria ocorrido no meio da noite, quando o mato estaria molhado e por isso o fogo não se alastrou.
Mais tarde os dois foram identificados como Renan Schneider Silva, de 23 anos, e Vinicius Monteiro Marcon, de 21 anos. Eles estavam desaparecidos desde o dia 27 de junho. Vinícius teria ido de carona na casa de outro amigo e não foi mais visto com vida. Renan levou dois tiros, um na cabeça e outro no peito, e Vinícius também foi baleado duas vezes, um tiro pegou no cotovelo e outro no peito.