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Política é guerra

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A Grécia mandava no mundo antigo e seu General Alexandre, o Grande, foi imbatível, foi envenenado pelos seus aliados e morreu. Grécia por falta de inimigo externo se acabou em Guerras Internas. Por volta de 250 a.C. Roma surgia como uma potência auxiliar dos Gregos, só que Cartago, uma cidade Fenícia (hoje Tunis capital da Tunísia) dominava o comércio do Mediterrâneo. Roma só seria uma potência se destruísse Cartago, e isto o Senado Romano sabia. O General Cartaginês Aníbal saiu da África e deu uma sova nos Romanos, só que poupou Roma, não quis tomar a cidade por escrúpulos morais. Roma se reagrupou, reforçou seus exércitos, copiou as táticas imbatíveis de Aníbal e venceu Cartago 15 anos depois e se tornou a potência Mundial durante os 600 anos seguintes até 450 d.C. Os Romanos não pouparam Cartago, muito pelo contrário, mataram todos os homens e crianças e tocaram fogo na cidade, completaram o serviço jogando sal no terreno para que nada ali brotasse. Foi o primeiro Holocausto da História. E o Mundo esqueceu Cartago. Aníbal foi o maior general estrategista da história, mas cometeu um erro político que acabou com a sua civilização. Faltou-lhe visão política. Maquiavel ensinou em 1520 que o Mal se faz de uma vez só, o bem aos poucos. Os grandes líderes políticos sabem dessas lições básicas de história, assim como o pastor sabe os versículos da Bíblia. Quando surge a oportunidade o político não deve desperdiçá-la porque certamente será esmagado se o inimigo conseguir dar a volta por cima. Isto é da essência política apesar de parecer da essência da Guerra, afinal Sun Tzu, o Senhor das Guerras, fez a cartilha dos políticos há 2500 anos. Maquiavel completou o manual. Até hoje a ladainha é a mesma.

Texto: EDILSON BUENO

Publicado na edição 1259 – 29/04/2021