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Prefeitura monta turma da EJA em obra

Uma parceria entre a Prefeitura de Araucária e a Construtora MRV irá possibilitar que funcionários da empresa possam retomar seus estudos dentro do próprio canteiro de obras onde trabalham. As aulas já acontecem no local desde o início de abril, mas só na terça-feira, 13 de maio, o projeto foi lançado oficialmente.

O evento também serviu para que a MRV oficializasse sua adesão ao Compromisso Nacional para Aperfeiçoamento das Condições de Trabalho na Indústria da Construção na obra do Spazio Campodoro, que a empresa constrói na cidade. Além do prefeito Olizandro José Ferreira (PMDB), do vice, Rui Sérgio de Souza, secretários municipais e representantes da construtora, também prestigiaram o evento o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e a vice-prefeita de Curitiba, Mirian Gonçalves.

Durante a solenidade, Olizandro destacou principalmente a importância da parceria com a MRV, pois ela propicia ao trabalhador condições de retomar os estudos, adquirindo conhecimentos que serão utilizados não somente no desempenho de suas funções, mas na vida como um todo.

Por sua vez, Gilberto Carvalho lembrou que a escola implantada dentro do canteiro de obras faz parte da iniciativa da construtora em aderir ao Compromisso Nacional para Aperfeiçoamento das Condições de Trabalho na Indústria da Construção e que isso representa uma evolução das relações de trabalho entre patrão e empregado.

Quinze alunos
A turma da EJA instalada no canteiro da MRV é a 11ª do tipo no Município. Só ali serão atendidos 15 alunos, com faixa etária entre 30 e 60 anos. O convênio prevê que a Prefeitura forneça o professor e a empresa o espaço e os materiais escolares. “Um dos deveres do município é ofertar educação para quem não teve oportunidade na idade certa. Aí entra a EJA. Além de fazermos chamadas públicas ofertando o serviço, buscamos empresas com interesse em oferecer esta oportunidade aos seus trabalhadores”, explicou a secretária de Educação Janete Schiontek.

Entre os beneficiados pelo projeto está Antônio Márcio de Lima Gomes, 31 anos. Ele é natural do Pará e trabalha na obra desde dezembro de 2013. “Aqui é ótimo. A professora é muito legal. Ficou mais fácil de estudar porque a escola está dentro do local de trabalho”, afirmou. Mesma opinião compartilha José da Silva, 58 anos. Ele conta que estudou apenas o primeiro ano do primário, isso no Rio Grande do Sul. Desde então, não conseguia encontrar tempo para estudar. “Isso fez com que eu fosse esquecendo o que aprendi. Agora estou enxergando uma luz no fim do túnel. Quero continuar os estudos e ser um mestre de obras”, entusiasma-se.

 

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