Três escritoras e professoras de Araucária vão participar de uma Antologia Poética, que abordará o tema ‘De mulher para mulher: sororidade poética’. O livro foi organizado pela escritora curitibana Elis Schwanka e será publicado pela editora Brecci Books, com a previsão de lançamento entre final deste ano e início do próximo.
No total, mais de 50 escritoras de vários locais do país vão participar da Antologia, com poesias que irão emocionar os leitores. As participantes de Araucária são as professoras Marlene de Fátima Gonçalves, Marlene Krupa do Rosário e Kelli Fernandes.
O tema principal do livro é a sororidade, que abordará sobre as lutas que as mulheres enfrentam no dia-a-dia e sobre como devem se unir diante das dificuldades. “Mesmo que uma mulher não conheça a outra, pela sororidade, elas se reconhecem na dor e barreiras que enfrentam e, com isso, vivenciam uma espécie de inquietude diante do sofrimento da outra, inquietude esta que não permite a omissão de ajuda mesmo não sendo a vítima em determinada situação”, explica a organização do projeto.
A seleção das escritoras foi através de um edital que incluía um link de inscrição, onde as interessadas se matriculavam para participar da Antologia.
Marlene Gonçalves
A professora Marlene Gonçalves conheceu o projeto através das redes sociais, mas decidiu participar quando recebeu o convite de sua amiga Elis Schwanka. O prazo de inscrições finalizada no começo de junho, mas Marlene não conseguiu se inscrever a tempo, devido suas responsabilidades com a escola onde trabalha. Felizmente, o prazo foi prorrogado e a professora conseguiu confirmar sua participação. “O tema é lindo! Compreender que a empatia de uma mulher fortalece a outra é fundamental para exercitarmos mais explicitamente essa empatia”, comenta emocionada.
Marlene também diz que o tema abordado é difícil, não de sentir, mas sim de colocar esse sentimento em palavras. “É preciso ter paciência para encontrar as palavras e acomodá-las num texto com sentido poético. Portanto, no meu caso, escrever com prazo de entrega é meio dramático”, relata com humor.
Apesar da dificuldade, Marlene diz que gostou muito do resultado e se sente realizada em participar da Antologia. Seu poema, segundo ela, fala sobre a mulher que rompe com o determinado, se faz protagonista da própria história e inspira o protagonismo de outras. Ela se empolgou tanto com o projeto, que enviou um convite para suas amigas Marlene Krupa e Kelli Fernandes, que também confirmaram a participação.
Marlene Krupa
Professora do ensino fundamental e infantil há 25 anos, Marlene Krupa é amante da arte da escrita e relata que durante a pandemia, passava horas escrevendo. Em uma feira, ela acabou encontrando a professora Marlene Gonçalves, que a convidou para participar do projeto. “Eu sabia que ela é escritora e ficamos conversando. Pedi para ela ler algumas poesias e dar a sua opinião. Foi de grande valia e agradeço muito a ela. Logo em seguida, Marlene me enviou o edital da Antologia”, explica a professora.
A escritora conta que iniciou a produção do texto e durante o processo foi amando o resultando. Quando recebeu a confirmação que foi selecionada, ficou muito emocionada. “Escrever sobre o tema foi sem dúvida, uma tarefa prazerosa. Ser mulher é encanto, força e magia. Basta ler a poesia para mergulhar num abraço de palavras”, declara. Sua obra fala sobre o encanto e a força da mulher, sobre a união de todas e a busca pela igualdade.
Kelli Fernandes
Além de professora de educação infantil, Kelli Fernandes também é contadora de histórias e escritora com foco na literatura infantil.
Segundo ela, é um prazer enorme participar do projeto que considera tão especial e significativo. Ela conta que falar sobre o tema abordado é um ato de resistência e esperança. “É afirmar que, juntas, podemos superar qualquer desafio e construir um futuro onde todas as mulheres possam florescer e prosperar. Somos forjadas em ferro e flores/linhagem que resiste e floresce!”, relata emocionada.
Kelli diz que para escrever, buscou a essência da conexão inabalável entre as mulheres, que prova que juntas, são mais fortes. “O processo de escrita envolveu muita reflexão sobre minhas próprias experiências e as histórias de tantas mulheres maravilhosas, sobreviventes, sobrecarregadas e inspiradoras que conheci ao longo da vida”, explica.
A professora e contadora de história declara que explorou esses sentimentos de uma forma profundamente emocional e sincera. Ela também diz que espera que, ao ler o poema, outras mulheres possam se sentir da mesma força e inspiração que sentiu ao escrevê-lo.
Redes Sociais
Para quem quiser acompanhar as professoras, basta segui-las no Instagram: Marlene Gonçalves – @goncalvesmarlenedefatima, Marlene Krupa – @krupa_marlene e Kelli Fernandes – @kellii.fernandes. Mais informações sobre o projeto, acessar o site breccibooks.com ou o Instagram @breccibookseditora.
Edição n.º 1426. Victória Malinowsik.