A Prefeitura de Araucária, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), realizam nesta quarta-feira, 17 de agosto, uma audiência pública para trazer informações e conhecimento sobre o programa Família Acolhedora. A iniciativa, prevista no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), visa proporcionar acolhimento provisório para crianças e adolescentes afastados de seu convívio familiar por meio de medida protetiva. O encontro acontece às 19h, no Centro de Convivência (rua Nossa Senhora dos Remédios, 1073, Fazenda Velha – próximo ao CSU), é aberto a toda a comunidade e não é preciso realizar inscrição antecipada.
Na programação da audiência estão previstas falas de representantes da Vara de Infância de Araucária, da Secretaria de Assistência Social e também da equipe diretamente responsável pelo Família Acolhedora. “A audiência pública visa apresentar o serviço de acolhimento familiar de Araucária, tirar dúvidas sobre seu funcionamento e receber sugestões de aprimoramento da comunidade. A ampliação do número de famílias também é um objetivo indireto da audiência pública, ao dar maior visibilidade ao serviço”, explica o promotor da Vara da Infância e da Juventude de Araucária, David Kerber de Aguiar.
Segundo Kerber, o Família Acolhedora representa alternativa preferencial ao acolhimento institucional de crianças e adolescentes de 0 a 18 anos, em situação de risco gerada pela família de origem, garantindo-se assim, a convivência familiar e comunitária em ambiente que oferta atenção individualizada, evitando o encaminhamento para uma instituição. “A família que acolhe assume o papel de cuidado e proteção, enquanto a família de origem é assistida pela equipe técnica da rede de serviços, até que seja viabilizado a sua reintegração familiar ou encaminhamento para família substituta, caso não seja possível a reintegração. No intuito de auxiliar nas despesas da criança ou adolescente acolhido, o município repassa um auxílio no valor de um salário-mínimo por mês”, explica o promotor.
Ele enfatizou ainda as vantagens desse acolhimento, que evita a institucionalização da criança ou adolescente, garantindo durante o tempo de transição entre o retorno familiar ou a colocação em família substituta a permanência em ambiente familiar, com todos os benefícios que isso representa.
Em Araucária, conforme ilustrou o promotor, existem atualmente 36 crianças ou adolescentes em acolhimento e 17 famílias cadastradas no Serviço, sendo que 9 destas já estão acolhendo crianças.
Dr David também faz um convite à população, para que participe da audiência pública. “Tem um provérbio africano que ensina que ‘é preciso uma aldeia para se educar uma criança’”. Isso nada mais é que o reconhecimento da importância da união da comunidade para cuidar e educar nossas crianças e adolescentes, e o serviço de acolhimento familiar, composto por famílias da nossa comunidade, é talvez o melhor exemplo do quanto nos preocupamos com nossas crianças e adolescentes em situação de risco. Araucária e sua comunidade vem dando atenção a nossas crianças e adolescentes em áreas como educação e saúde, e certamente após essa audiência pública, também abraçarão essa justa causa”, pontuou Kerber.
Texto: Maurenn Bernardo