Protesto agita sessão da Câmara de Vereadores

Plenário da Câmara ficou dividido. Parte dos assentos eram ocupados por CCs. Outra parte pelos manifestantes
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Plenário da Câmara ficou dividido. Parte dos assentos eram ocupados por CCs. Outra parte pelos manifestantes
Plenário da Câmara ficou dividido. Parte dos assentos eram ocupados por CCs. Outra parte pelos manifestantes

Cerca de oitenta pessoas foram ao plenário da Câmara de Araucária na noite desta segunda-feira, 14 de setembro, pedir que os vereadores diminuam o número de assessores a que cada um tem direito. O grupo também pedia a redução dos salários tanto desses comissionados como dos próprios edis. O ato foi organizado por meio da rede social Facebook e mais de setecentos haviam confirmado presença.

O protesto aconteceu durante a sessão ordinária da Casa, realizada sempre as segundas-feiras. Embora o plenário estivesse lotado, nem todos ali estavam defendendo a bandeira da redução da estrutura da Câmara. Metade do plenário era ocupada exatamente por comissionados, que compareceram à reunião de ontem meio que para defender seus empregos.

Independentemente do número de presentes ao protesto, eles fizeram barulho. Porém, não puderam utilizar a tribuna da Casa para defender suas propostas. Isto porque, segundo a direção da Câmara, não houve qualquer pedido formal do grupo neste sentido. Inconformados com a negativa, os manifestantes gritaram palavras de ordem durante a sessão e até um início de tumulto foi registrado quando um dos presentes chamou o vereador Wilson Roberto David Mota (PROS) de vagabundo. Betão retrucou o xingamento e desafiou o sujeito a se identificar, o que não ocorreu.

Ainda durante a sessão, o vereador Paulo Horácio (SD) propôs que os manifestantes formassem uma comissão para se reunir com a direção da Câmara e discutir as reivindicações da categoria. A ideia foi aceita pelo presidente da Casa, mas houve certa confusão a respeito de quem seriam os líderes do movimento e a proposta não prosperou. Como os projetos em discussão na sessão de ontem eram poucos, os trabalhos duraram pouco tempo e foram encerrados rapidamente, já que nenhum edil se inscreveu para utilizar o chamado espaço reservado para explicações pessoais. Logo que a reunião foi finalizada, o plenário foi tomado por um misto de vaias e grito de “vergonha” dos manifestantes.

Betão bateu boca com um dos presentes (acima), que o chamou de vagabundo
Betão bateu boca com um dos presentes (acima), que o chamou de vagabundo

Conversa

Já com a sessão encerrada, o vereador Paulo Horácio voltou a tentar conversar com os manifestantes. Disse que era preciso que o grupo montasse uma comissão e se organizasse para fazer claramente e dentro da lei algum tipo de proposta que pudesse ser apresentada à Câmara como um projeto de lei de iniciativa popular. Para discutir a questão ficou combinado que haverá uma reunião no próximo sábado, a partir das 16h, na própria Câmara.

Texto: Waldiclei Barboza / FOTOS: MARCO CHARNESKI

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