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Protesto dos comerciantes foi legítimo, diz a Prefeitura
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Indignados com as medidas restritivas do último decreto municipal, que fechou as portas dos serviços não essenciais no Município, um grupo de mais de 50 comerciantes de Araucária realizou uma carreata de protesto na tarde de quarta-feira, 17 de março, que iniciou em frente à Câmara de Vereadores e parou em frente à Prefeitura. Segundo eles, a revolta é porque o decreto atingiu apenas os pequenos comerciantes, enquanto as grandes empresas seguem trabalhando.

Para o presidente da Associação Comercial (ACIAA) Juscelino Katuragi, o protesto foi legítimo e os comerciantes estão no direito de reclamar. “Acho até que esse protesto demorou para acontecer. Espero que a voz dos comerciantes seja ouvida e que a Prefeitura reveja este decreto”, disse. Katuragi comentou ainda que a ACIAA sempre trabalhou, mesmo nos bastidores, para buscar melhorias para o comércio da cidade, dentro das atribuições que lhe compete. “Ao longo da pandemia recebemos muitas cobranças de comerciantes, e sempre estivemos abertos para conversar com todos, associados ou não. No entanto, nem tudo está ao nosso alcance, como a alteração do decreto por exemplo, que compete apenas aos governos”, explicou.

Nany Melo, proprietária de uma panificadora, serviço considerado essencial, falou que se solidariza com os comerciantes que hoje estão sendo penalizados com o fechamento de seus estabelecimentos. “Se for para evitar mesmo a propagação do vírus e reduzir os casos e mortes, todos devem parar, e não apenas uma parcela do comércio. Os pequenos comerciantes já estão sofrendo demais para pagar suas contas, manter seus negócios abertos. O pequeno não pode pagar o preço sozinho. A lei tem que ser mais justa”, pontuou.

Manifestação legítima

Logo após a carreata, o secretário de Governo, Genildo Carvalho, emitiu uma nota, alegando que se solidariza com os comerciantes e empreendedores e que a Prefeitura está atuando no limite das possibilidades jurídicas e de segurança sanitária do que compete ao Município, enfrentando a mais grave crise de saúde pública dessa geração. “Estamos à disposição para encontrarmos caminhos possíveis que sejam seguros para todos, pensando no bem comum de toda a sociedade, em especial aqueles que estão necessitando de vagas em hospitais públicos, serviços de saúde e profissionais da saúde que estão se dedicando ao máximo para o bem de todos nós. Entendemos que a atividade econômica é de extrema importância na preservação à saúde e essencial para manutenção da vida, principalmente no que se refere a saúde preventiva. Acreditamos que nossa união irá promover o ambiente necessário para enfrentarmos e superarmos esta pandemia”, diz a nota.

Texto: Maurenn Bernardo

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