Psicóloga destaca importância da campanha de prevenção ao suicídio

Campanhas como o Setembro Amarelo tem o objetivo de prevenir e reduzir os casos de suicídio. Foto: divulgação
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Psicóloga destaca importância da campanha de prevenção ao suicídio
Campanhas como o Setembro Amarelo tem o objetivo de prevenir e reduzir os casos de suicídio. Foto: divulgação

Cerca de 800 mil pessoas se suicidam todos os anos no mundo e há estimativas que indicam que aproximadamente 80% a 90% delas sofrem de algum tipo de transtorno psicológico. É por esse fator que as campanhas de prevenção são importantes, porque podem atingir as pessoas que consideram a possibilidade do suicídio, ato que, segundo acredita a medicina, pode ser prevenido. Desde 2003, as campanhas ganharam força, a partir da implantação do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, que acontece em 10 de setembro, mês que também foi batizado de “Setembro Amarelo”.

Em 2020, com o isolamento social imposto pela pandemia do coronavírus, que obrigou as pessoas a se afastarem umas das outras, a campanha ganhou uma nova preocupação. Por esse motivo, é cada vez mais importante deixar de lado o preconceito em relação ao suicídio e discutir meios de tentar evitá-lo. A psicóloga araucariense Angélica Soraya Krzyzanovski, lembra que desde 2014, o Conselho Federal de Medicina, em conjunto com o Conselho Federal de Psiquiatria, organizam nacionalmente a campanha do “Setembro Amarelo”, isso porque o suicídio já é considerado uma questão de saúde pública, uma vez que, por ano, 12 mil pessoas tiram a própria vida. “Campanhas como esta contribuem para facilitar o acesso à informação sobre os fatores de risco e as formas de prevenção ao suicídio”, observou a doutora.

Na opinião da profissional, vivemos em uma sociedade onde parece ser proibido falar sobre os sentimentos, em uma sociedade que cobra que estejamos bem e felizes o tempo todo. “Muitas pessoas relatam que ao falarem sobre o que sentem, temem parecer fracas perante a sociedade, isso diminui a chance de elas procurarem ajuda quando precisam. Precisamos parar de ver os sentimentos como fraqueza. Eles fazem parte da vida humana e tem uma função de existir. Ao guardar esse sentimento para si, essa pessoa pode não conseguir lidar com o que sente e se sentir desesperançosa com relação ao futuro e a resolução dos problemas”, comenta.

Para Angélica, normalmente a pessoa que pensa em suicídio quer acabar com a dor que sente, e não necessariamente com a sua vida, em muitos casos ela não vê esperança que as coisas irão melhorar ou que a dor irá passar. Portanto, caso você ou alguém que conheça esteja passando por isso, saiba que há pessoas que podem lhe ajudar. Nenhuma dor dura para sempre e sua vida é muito importante para as pessoas à sua volta”, aconselha.

Ela destaca ainda, que atualmente existem vários canais que prestam atendimento nessas situações e que podem ajudar a minimizar a dor. O Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. O telefone de contato é 188 ou pelo site: https://www.cvv.org.br/.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1228 – 03/09/2020

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