Quando entrar setembro…

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Mesmo que o inverno tenha sido pouco rigoroso, ansiamos por dias de temperatura mais amena e com maior tempo de luz natural. Até aqueles que dizem gostar do frio, certamente sentir-se-ão mais dispostos e dotados de maior sociabilidade nos dias de maior luminosidade que se aproximam. Dificilmente encontramos alguém que não aprecie as flores e folhagens que colorem a mais bela das estações. É só prestarmos atenção ao canto dos passarinhos e à maior atividade que irrompe em toda natureza para vermos a enorme e benfazeja influência do clima primaveril sobre o ambiente que nos envolve. O verão irá permitir a volta definitiva dos casacos ao armário e oportunizar que aproveitemos a praia, com seus dias longos e de temperatura elevada. Porém, a profusão de cores, tons e aromas que explodem na primavera, em contraste com o frio e o tom mais cinza do inverno, têm um impacto mais direto e mais imediato sobre a vida em todas suas formas. Nos versos da canção de Beto Guedes e Ronaldo Bastos “Quando entrar setembro/E a boa nova andar nos campos/Quero ver brotar o perdão/…/Sol de primavera/Abre as janelas do meu peito/A lição sabemos de cor/Só nos resta aprender/Aprender…Aprender…” temos uma expressão poética da chegada da primavera, descrita como a boa nova. Setembro traz mesmo este convite para “abrirmos o peito”, inspirarmos o ar primaveril e viver a vida com maior leveza. Apreciar a beleza da vida, que transparece mais fortemente nesta estação, é grátis e não tem contraindicação. Cecília Meirelles escreveu: “A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega. Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.”

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