Coluna| Quem faz o bem, está do lado de Deus

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Jesus era um homem absolutamente livre, pregava com o coração aberto, sem amarras, sendo capaz de influenciar muitas pessoas a segui-lo. No entanto, isso o preocupava, porque nem sempre aqueles que o seguiam, tinham clareza e consciência do que isso significava. Inclusive, os próprios apóstolos, demoraram muito até compreenderem quem ele realmente era e, quais as exigências do seguimento a ele. Havia o perigo de um messianismo falso, feito de privilégios, de exclusivismo, de sucesso, deturpando aquilo que era a essência da sua pregação. Jesus aproveitava as situações nas quais ele estava só com os apóstolos, para ensinar-lhes e apontar os desafios e os compromissos advindos deste seguimento para a construção do Reino de Deus. Não foi fácil, com certeza, abrir a mente e os horizontes dos seus discípulos, para compreenderem a sua mensagem, a sua boa nova, o seu evangelho.

O exclusivismo se fez sentir quando os discípulos souberam que havia uma pessoa que estava expulsando os demônios, em nome de Jesus, e, não fazia parte do grupo. Eles ficaram indignados, porque na cabeça deles, havia a tentação de se acharem os únicos certos e, que ninguém poderia fazer nada de bom, se não fosse do grupo deles. Jesus aproveita então o momento para ensiná-los sobre o perigo do fanatismo. Para Jesus, o importante é fazer o bem e, se o faz, naturalmente está do lado dele. Esse posicionamento do Mestre deixa bem claro que, agir com bondade, não é exclusivismo de um grupo. Mesmo aqueles que não o seguem, podem fazer coisas grandiosas e maravilhosas e serem salvos. Claramente, para Jesus, o essencial não é a religião, mas o bem feito ao irmão.

Sempre existiu e ainda existe o grande perigo de taxar as pessoas de acordo com o grupo ao qual pertence. E mais do que isso, julgar e condenar se não faz parte do meu grupo e do meu modo de ver as coisas. Sobretudo, naquilo que refere à religião, facilmente encontramos os fanatismos, e, consequentemente, o julgamento. Assim também na área da política, infelizmente dividimos entre os que pensam como nós, contra aqueles que pensam diferente de nós. Existe o grande perigo de divisão, discórdia, brigas e até mortes, causadas pela falta de tolerância com o outro.

Para Jesus, o importante é fazer o bem, ajudar o próximo, ser solidário, independente de religião, de credo, de partido político, de time de futebol, de raça, cor, sexo, enfim, fundamental é ser bom. O que salva é o amor ao próximo, sem olhar as suas opções de vida. Existem muitos pagãos, muitos ateus, que passam pela vida, preocupados com o outro, prontos para ajudar. Esses, com certeza estão do lado de Jesus, porque, para ele, o mais importante de tudo, é estar sempre pronto a fazer o bem, não importa a quem. Talvez, muitos que se autoproclamam seguidores de Jesus, não tenham compreendido a sua mensagem, e, apesar de pronunciar seu nome em alto e bom som, na prática estão distantes dele. Sua vida contradiz aquilo que pregam e falam, parecendo os fariseus hipócritas do tempo de Jesus.

Muitas pessoas nunca ouviram falar de Jesus, ou talvez, não sejam cristãos por opção, mas, passaram pela vida fazendo o bem. No fundo, mesmo sem pronunciar o seu nome, viveram plenamente os seus ensinamentos, porque sempre ajudaram o próximo e colocaram a sua vida a serviço dos irmãos. Mais do que defender uma religião, ou um partido político, ou uma crença pessoal, é fundamental amar, ajudar, se sacrificar pelo outro e fazer o bem. Quem age assim, está do lado de Jesus, que passou pela vida amando e fazendo o bem.

Publicado na edição 1280 – 23/09/2021

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