Reajuste de 16% custará R$ 50 milhões anualmente aos cofres públicos

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Anunciado na última semana pelo prefeito Hissam Hussein Dehaini (Cidadania), o reajuste de 16% ao funcionalismo municipal custará aos cofres públicos um desembolso extra de quase R$ 50,6 milhões anualmente.

Com isso, pela primeira vez na história a folha de pagamento do funcionalismo municipal passará a custar mais de meio bilhão de reais por ano. Dados da Secretaria Municipal de Finanças (SMFI) mostram que atualmente a Prefeitura desembolsa R$ 35,6 milhões por mês com o salário de seus funcionários. Com o reajuste, esse desembolso para passará para R$ 39,5 milhões, um extra de quase R$ 3,9 milhões.

Anualmente, o reajuste concedido por Hissam fará com que o investimento no funcionalismo municipal seja na casa de quase R$ 514 milhões contra R$ 463,3 milhões atualmente. Os valores levam em conta 13 salários (doze mensais mais o décimo terceiro). A despesa total com os servidores aumenta um pouco mais se fosse levado em conta rescisões, indenizações, terço de férias e pagamento do auxílio-alimentação.

Ao discursar em ato originalmente feito para cobrá-lo, Hissam foi enfático ao dizer que os 16% era o máximo possível. “Se você me pedirem 17,5% eu não tenho como dar. E demos também um reajuste muito bom no auxílio-alimentação. Estou fazendo o possível. Este é o limite que a Prefeitura consegue pagar”, ressaltou. Terminada a fala, não houve questionamentos por parte dos presentes. Houve apenas aplausos. Algo não muito comum numa assembleia sindical.

Aposentados também receberão o reajuste

O reajuste autorizado por Hissam ao funcionalismo também abarcará os servidores aposentados e pensionistas, aqueles que têm parte dos vencimentos custeados pelo Fundo de Previdência Municipal de Araucária (FPMA). Esses ex-servidores e seus dependentes estavam meio na bronca porque, como não têm direito a auxílio-alimentação, ficaram sem o acréscimo concedido no benefício em abril.

Ganho real

Embora o reajuste salarial seja de 16%, quando somado ao incremento do auxílio-alimentação, que passou de R$ 520,00 para R$ 1.000,00, há categorias no funcionalismo municipal que terão uma melhora financeira em seus vencimentos superior a 35%. É o caso, por exemplo, de um professor em início de carreira, que recebe salário na casa dos R$ 2.500,00 para trabalhar 20 horas. Para estes profissionais R$ 480,00 a mais de auxílio-alimentação representa 20% a mais no bolso. Some-se a isso mais 16% de reajuste e temos quase 40%.

Projeto de lei

O projeto de lei recompondo o salário do funcionalismo municipal em 16% já foi enviado à Câmara de Vereadores. O texto tramitará em regime de urgência e a previsão é que esteja aprovado em duas semanas. Após, segue para sanção do prefeito, devendo ser implantado já na folha salarial de junho.

Reajuste de 16% custará R$ 50 milhões anualmente aos cofres públicos
Foto – Carlos Poly

Texto: Waldiclei Barboza

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