Reativação da Gerdau gera expectativa de mais empregos e impostos para Araucária

Unidade produtora de aço e laminados estava desativada desde novembro de 2014. Foto: divulgação
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Reativação da Gerdau gera expectativa de mais empregos e impostos para Araucária
Unidade produtora de aço e laminados estava desativada desde novembro de 2014. Foto: divulgação

A notícia de que a Gerdau voltará a operar sua unidade produtora de aço e laminados em Araucária animou o mercado brasileiro na semana passada. Hibernada desde novembro de 2014, a retomada dos trabalhos na planta de nossa cidade deve ser também muito comemorada pela população araucariense, já que isso representará mais empregos e tributos para o Município.

Estimativas iniciais da Gerdau dão conta de que a retomada das operações na planta araucariense deva gerar em torno de 300 empregos diretos e indiretos. Embora não haja dados específicos quanto a fatia dessa mão de obra representada por moradores locais, a tendência é que grande parte desses postos seja ocupada por araucarienses.

Desde que foi hibernada em 2014, a unidade local continuou funcionando parcialmente, apenas com seus setores de dobra de aço e estoque de sucatas, atividades que geram poucos impostos e postos de trabalho.

A notícia de que “o forno” da Gerdau será religado também animou a Secretaria Municipal de Finanças (SMFI), responsável por cuidar dos cofres municipais. Isto porque a produção gerada pela Gerdau aqui deverá incrementar o chamado Valor Adicionado (VA) do setor industrial de Araucária. É com base no VA que é estipulado a cota-parte do bolo do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) repassado pelo Governo do Paraná ao Município. Ou seja, mais indústrias, mais impostos, mais serviços públicos para a população.

Existe também grande expectativa por parte do Município com relação ao ISS (Impostos Sobre Serviços) que a retomada de produção de aço gerará aos cofres públicos. A Gerdau já estimou em R$ 55 milhões o investimento só para retomar as operações em Araucária. Boa parte desse investimento é na contratação de empresas para executar os complexos serviços envolvidos na “religação” de uma planta hibernada. E, a contratação desses serviços, gera ISS, um imposto municipal.

Do ponto de vista social, a retomada da produção de aço em Araucária pela Gerdau também é motivo de alegria. Afinal, a criação de 300 empregos gera um ciclo virtuoso para a economia local. Mais emprego, mais renda, mais gente consumindo no comércio local, que precisa contratar mais pessoas e assim por diante.

De acordo com a Gerdau, a decisão de “acordar” sua planta araucariense é reflexo do cenário positivo para a demanda por aço no Brasil, principalmente dos setores da construção civil, infraestrutura e indústria. A unidade instalada às margens da PR-423 tem capacidade anual de produção de 420 mil toneladas de aço bruto. Essa retomada, porém, se dará de forma gradual, com os volumes de produção sendo ajustados conforme a demanda do mercado nacional. “Estamos otimistas com as boas perspectivas apresentadas para o mercado doméstico. Com o reinício da produção, a empresa visa seguir atendendo o aumento da demanda por aços longos no Brasil, bem como otimizar o fornecimento de produtos aos clientes em todo o País em associação às capacidades já existentes”, afirmou Marcos Faraco, vice-presidente da Gerdau, em comunicado na semana passada.

Texto: Waldiclei Barboza

Publicado na edição 1259 – 29/04/2021

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