Muito embora desde o início de sua fala, o secretário de Saúde, Carlos Alberto de Andrade, tenha garantido que não havia risco de o Hospital Municipal de Araucária (HMA) ser fechado, a reunião realizada na sede do Conselho Municipal de Saúde (Comusar) foi quente do início ao fim. E quente em todos os sentidos, já que a sala onde os trabalhos foram realizados estava lotada e não havia ar condicionado.
Desde o início dos trabalhos, muitos conselheiros e até funcionários do HMA reclamaram da maneira como a Prefeitura conduziu as discussões acerca de uma possível rescisão contratual com o INDSH. “Na semana passada o prefeito foi lá no HMA e disse que o contrato seria rompido, levando muito temor aos mais de quatrocentos funcionários que lá trabalham, que ficaram com medo de perder o seu emprego. Ele também demonstrou muito desconhecimento ao confundir o papel do Conselho de Saúde com a Comissão de Gestão do HMA”, reclamou o presidente do Comusar, Jair Lopes.
Vários funcionários também disseram ter sido vítimas de um verdadeiro terror psicológico por parte de funcionários da Secretaria de Saúde. “Eles simplesmente chegaram lá e começaram a medir os espaços, não explicavam nada e só faltaram decidir ali mesmo quem ficaria com qual sala, mesa e cadeira. Tudo isso na nossa frente, como se nós que trabalhamos lá fossemos intrusos”, reclamou uma funcionária.
Sobre o ocorrido, o procurador-geral do Município, Simon Gustavo de Quadros, disse que, com certeza, Hissam não quis ser desrespeitoso com ninguém. Já o secretário de Saúde se desculpou se, por acaso, a presença dos técnicos que ele encaminhou ao HMA causaram mal estar entre os funcionários.
Texto: Waldiclei Barboza / Foto: marco charneski