O programa Mais Médicos foi criado em 2013 pelo Governo Federal brasileiro, tendo como um dos objetivos suprir a carência desses profissionais nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades. O problema é que desde o dia 14 de novembro, após uma declaração do presidente eleito Jair Bolsonaro, o governo cubano anunciou que deixaria o programa, do qual participa desde 2013. Com isso, muitos municípios perderam vários profissionais, e um deles foi Araucária, que recentemente estava com três cubanos no seu quadro funcional.
Desde a criação do Mais Médicos, 13 profissionais do programa já atuaram no município, e atualmente o quadro estava com três cubanos, que atendiam nas Unidades Estratégicas Saúde da Família. Eles já voltaram para o seu país de origem. Segundo o secretário municipal de Saúde, Carlos Alberto de Andrade, são profissionais clínicos, médicos da família. “Eles atuavam nas unidades básicas de saúde do Tupy e do Shangri-lá, e outro na unidade do Capinzal, na área rural, esta última que agora está sem médico até que outro profissional seja remanejado para lá, temporariamente. Será uma solução emergencial até que uma nova contratação via concurso público aconteça”, explicou.
Quanto ao prejuízo que a saída dos médicos cubanos pode acarretar para o sistema público de saúde de Araucária, o secretário diz que agora será necessária a readequação da agenda e substituição destes profissionais, e quem perde são as comunidades onde eles atuavam, pois já havia um vínculo estabelecido.
Publicado na edição 1140 – 22/11/18