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Atendentes Infantis Unidas Sim, Mas Não Pelo Recesso

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No início da noite de terça-feira (10/06) 251 atendentes infantis reuniram-se para discutir os rumos da educação infantil. Não é de hoje que as atendentes reivindicam reconhecimento e melhores condições de trabalho. Não é de hoje que a realidade indica a ausência de espaço físico adequado para o desenvolvimento do trabalho com as crianças, número excessivo de crianças em sala sob os cuidados de poucas profissionais, falta de concessão de intervalo para repouso e alimentação, jornada de trabalho diária longa e exaustiva.

Urge esclarecer que nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIS), de acordo Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, desenvolvem uma etapa da Educação Básica. Assim, o trabalho desenvolvido pelos atendentes é educativo e, embora o Município adote posicionamento contraditório a respeito, não deve ser confundido com o trabalho outrora desenvolvido nos antigos depósitos infantis assistencialistas. Neste sentido, o Conselho Municipal de Educação (CME – colegiado paritário que reúne representantes do governo, comunidade escolar, profissionais da educação e sociedade civil para definir os rumos da educação no Município, exteriorizando expressão máxima da gestão democrática) de forma legítima e reconhecendo a educação infantil como tal, unificou o calendário escolar das escolas e CMEIS, razão pela qual foi concedido às crianças matriculadas nos CMEIS um recesso, para que pudessem descansar da rotina estressante bem como vivenciar em plenitude seu direito à convivência familiar. Por outro lado, neste período seria concedido às profissionais atendentes infantis cursos de formação continuada para que prestem um trabalho cada vez melhor.

Recentemente foi muito debatido na mídia a grande preocupação de pais que não puderam ou não quiseram propiciar aos filhos a convivência familiar e o descanso necessário, por que não poderiam ficar com os filhos, nem teriam onde deixá-los durante o período de recesso. Preocupado com a opinião pública, o chefe do Executivo baixou unilateralmente e desconsiderando a gestão democrática ordem para cancelar recesso aprovado para os CMEI’s. A categoria dos atendentes está mobilizada e como primeiro ato vem, através deste sindicato, informar que se solidariza com os pais que não têm onde deixar seus filhos no recesso, no entanto manifesta que esta insegurança, e por que não deficiência, e todo este debate foi causado pela omissão do Município em organizar espaços de atendimento para as crianças durante o recesso, envolvendo suas outras Secretarias, já que além de Educação, os alunos dos CMEIS também têm direito à convivência familiar, cultura, esporte e lazer. Os atendentes estão na luta pelo reconhecimento do trabalho educativo que desempenham e ressaltam que sua reivindicação por melhores condições de trabalho, garante uma vivência digna tanto para as atendentes como para as crianças atendidas, é justa e visa consolidar a dignidade da pessoa humana tanto no ambiente de trabalho quanto no local onde se aprende a dar os primeiros passos rumo à construção de uma sociedade mais justa e solidária.

Diretoria do SIFAR