Soldados heróis ajudam a salvar vida de recém-nascida

Foto: divulgação
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Soldados heróis ajudam a salvar vida de recém-nascida
Foto: divulgação

 

Acostumados a lidar com ocorrências policiais de todas as naturezas, os soldados Balbino e Jovano, da 2ª Cia da Polícia Militar de Araucária, se depararam com um chamado inusitado na noite de terça-feira, 19 de março. Uma moradora da avenida Manoel Ribas acionou a viatura, desesperada, porque sua nora estava em trabalho de parto, e ela não estava conseguindo chamar o Samu. Na casa estavam apenas ela, a nora prestes a dar à luz, e o filho. O marido, que é sargento aposentado da PM, não estava no momento. Os soldados então se deslocaram até o endereço.

“A esposa do sargento não conseguiu chamar o Samu porque estava muito nervosa e então fez a ligação errada. Quando chegamos lá, o sargento e uma vizinha técnica em enfermagem chegaram junto. Tudo parecia estar encaminhado, mesmo assim, decidimos ficar e acompanhar o parto. Foi nossa melhor escolha, pois ao nascer, a bebê estava com restos de placenta no rosto e também nas vias áreas, e não respirava. A enfermeira, talvez não acostumada a lidar com esse tipo de emergência na sua rotina de trabalho, colocou a criança em meus braços. Ela estava sem vida, então a coloquei de bruços e iniciei o procedimento para desobstruir suas vias respiratórias, mesmo assim ela não esboçava reação, e ficou por alguns segundos ou minutos desfalecida. De repente deu um sopro de vida, e parou novamente”, relembra o soldado.

Ele conta que nesse meio tempo o soldado Jovano estava em contato com a Companhia e um médico os orientava como proceder. “Coloquei a bebezinha perto do corpo da mãe para que ficasse aquecida, e logo o Samu chegou com oxigênio e outros equipamentos, então o médico iniciou a massagem cardíaca, e em seguida a criança mostrou sinais vitais, então foi levada para o HMA, onde permanece internada na UTI, para tratamento e exames complementares, segundo nos informou o vô sargento”, relatou Balbino.

Para os soldados, fica o sentimento do dever cumprido, e a certeza de que a missão de um policial, que também é salvar vidas, foi cumprida. “A vida da bebezinha foi salva graças a um trabalho conjunto, e ficamos emocionados em saber que fizemos parte disso. Essa ação nos deu uma esperança de vida e valeu pelo trabalho do ano todo. No meu caso talvez tenha sido ainda mais emocionante, porque minha esposa está grávida de gêmeos, e eu fiz pela mãe da bebezinha, exatamente o que gostaria que fizessem se a parturiente fosse a minha esposa. Acima de tudo, devemos lutar pela vida”, disse emocionado o soldado Balbino.

Texto: Maurenn Bernardo

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