Araucária PR, , 14°C

Somos ricos

Editorial: Transtornos passageiros, benefícios permanentes

Qualquer definição de riqueza que possamos encontrar numa pesquisa rápida envolve dinheiro, propriedades, conforto. Crescemos ouvindo dizer que o Brasil é um pais pobre. Um povo sofrido, endividado, cheio de carências. Um lugar onde falta tudo, onde os que são ricos vivem na abundância, esquecendo da grande parcela de concidadãos que não têm quase nada.

Mas o que é riqueza? É a casa própria? A conta bancária gorda, a fartura na mesa?
O que vemos durante esses tempos sombrios de pandemia é a verdadeira riqueza de nosso povo. Sim, somos ricos.

Ser generoso, solidário, importar-se com o sofrimento do outro, mesmo tendo seus próprios problemas pode ser sim considerado um tipo de riqueza, talvez a mais preciosa, porque não acaba. É uma riqueza contagiante, pois ao ver iniciativas de outras pessoas, sente-se inclinado a ajudar também. Tem aquele que doa toneladas, o que doa um quilo, o que doa esperança. Na generosidade vai se tornando mais rico. Doadores anônimos, doadores de perto, de longe.
Se algo precisa mudar no mundo depois dessa desgraça é a maneira como o homem começou a ver o próximo, a maneira como agiu para melhorar sua vida. Como superou o medo de uma doença mortal e foi para a rua, arriscou-se. Esqueceu suas próprias privações para repartir o pouco que tinha.

A riqueza de um país não se mede pelos dólares acumulados em contas bancárias aqui e lá fora. Não se mede por suas propriedades, indústrias, suas riquezas naturais, o tamanho do seu exército. A riqueza se mede pela capacidade de repartir. Nem todo o dinheiro do mundo pode corrigir as desigualdades. As sociedades voltadas para o acúmulo de bens são sociedades doentes, são pobres. Sociedades pobres com alguns indivíduos muito ricos. Quando se reparte, mesmo o pouco vira muito.

E é para celebrar, homenagear e inspirar o ser humano que semanalmente O Popular publiciza a realização dessas ações sociais que acontecem em nossa cidade. Nesta edição, por exemplo, são pelo menos três os casos retratados em nossas páginas. E, com certeza, na próxima semana serão vários outros e assim sucessivamente, porque fazer o bem, faz bem! Pense nisso e boa leitura!

Publicado na edição 1256 – 08/04/2021

Leia outras notícias
MEDPREV - SETEMBRO AMARELO