Taxistas e motoristas reclamam da dificuldade de encontrar GNV

O GNV só é encontrado em postos de combustíveis de Curitiba e outras cidades da região metropolitana. Foto: Marco Charneski
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Taxistas e motoristas reclamam da dificuldade de encontrar GNV
O GNV só é encontrado em postos de combustíveis de Curitiba e outras cidades da região metropolitana. Foto: Marco Charneski

Taxistas e motoristas de Araucária reclamam que em Araucária não há nenhum posto de combustível que comercialize o Gás Natural Veicular (GNV). Com isso, eles precisam se deslocar até Curitiba e outras cidades da região metropolitana, para abastecer seus veículos. Esta seria a principal dificuldade encontrada pelos motoristas, já que o GNV traz inúmeras vantagens. Uma delas é a economia, pois com um metro cúbico de GNV é possível rodar mais quilômetros do que com um litro de etanol ou gasolina – a rentabilidade pode chegar a 50%. Um carro médio roda na cidade cerca de 14 quilômetros com um metro cúbico de gás natural, enquanto que com 1 litro de álcool, o veículo percorre em média7 km.

Outra vantagem é que os usuários de GNV já contam com um desconto de 70% no valor do IPVA. Para carros não convertidos para o GNV o IPVA é de 3,5% do valor do carro; para carros convertidos, a alíquota é de 1%. O GNV tem ainda outras vantagens, como a maior segurança, pois não é possível adulterar o gás natural, além de ser menos poluente, por apresentar queima mais limpa.

O proprietário e diretor geral do CFC Pratense, Silvestre Mafra, conta que a frota da autoescola foi toda convertida para GNV. “A gente acaba unindo o útil ao agradável, levamos nossos alunos dirigindo até o posto que fica perto da Ceasa, em Curitiba, assim eles vão fazendo a aula prática pela rodovia e já aproveitamos para abastecer os carros”, comenta. Segundo ele, Araucária tem muitos veículos que utilizam o GNV e já era hora de ter um posto que fornecesse esse tipo de combustível. “Outra desvantagem seria a vistoria obrigatória do veículo todo ano, mas são probleminhas que se tornam pequenos diante da economia de combustível que a empresa tem e dos descontos com o IPVA”, analisou.

O taxista Marcos Aurélio Bonato também converteu seu carro para GNV, em função da economia nas corridas, porém, se desloca para Curitiba toda vez que precisa abastecer. “Praticamente todos os dias preciso abastecer o taxi e faço em torno de 22 km de ida e volta, o que acaba dando mais de 600 km por mês, sendo que poderia abastecer aqui na cidade. Muitos colegas taxistas também enfrentam essa dificuldade. Teve alguns que optaram em não fazer a conversão, justamente pra não ter que se deslocar até Curitiba. Gostaria de entender porque a cidade, que dispõe de rede de gás, está atrasada nesse sentido”, comentou Marcos.

O servidor estadual Rafael de Paula Pontes, que mora em Araucária e trabalha em São José dos Pinhais, decidiu pela conversão do veículo para GNV justamente pela questão da economia. “Adaptei meu carro recentemente, porque devido à distância da minha casa até o trabalho, estava gastando muito com combustível. Ganhei na questão da economia, mas é difícil o fato de a cidade não ter um posto que comercialize o GNV. Felizmente consigo conciliar o fato de ter que ir para São José todos os dias, e aproveito para abastecer por lá. Mas seria ideal que Araucária estivesse na lista de postos que oferecem GNV”, pontuou.

Buscando parceiros

A reportagem do Jornal O Popular entrou em contato com a Compagas, para desvendar porque nenhum posto de combustível de Araucária trabalha com Gás Natural Veicular (GNV). A empresa respondeu que atende a 36 postos localizados em Curitiba, Campo Largo, Colombo, Paranaguá, Pinhais, Ponta Grossa e São José dos Pinhais e trabalha de forma constante para expandir esta atuação. No entanto, além da existência da rede de gás, informou que a Companhia depende de parceiros estratégicos que tenham interesse em investir para a comercialização deste combustível ao consumidor final. Em Araucária, a Compagas explicou que tem feito contatos com empresários e segue aberta para ampliar o uso deste combustível, que traz mais economia e competitividade aos motoristas.

Texto: Maurenn Bernardo e Assessoria de Imprensa da Compagas

Publicado na edição 1257 – 15/04/2021

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