Um terremoto de magnitude 5,4 atingiu o mar da costa de Setúbal, em Portugal, nesta segunda-feira (26) e foi sentido em várias regiões, entre elas a capital, Lisboa e Porto. Apesar de os registros de terremotos não serem recorrentes nesta parte da Europa, os portugueses ficaram assustados, porque veio à tona a história do catastrófico tremor de terra que atingiu Lisboa em 1755. Ele teve seu epicentro no Oceano Atlântico e foi tão intenso (acredita-se que alcançou 8,2 pontos na Escala Richter) que desencadeou também um maremoto, o qual atingiu a capital portuguesa, matando cerca de 20 a 30 mil pessoas.
Dessa vez, não houve relatos de danos ou vítimas, tampouco alerta de tsunami, mas o susto foi grande, principalmente para os brasileiros que não estão acostumados a passar por esse tipo de situação. A araucariense Juliana Vieira Schempp, que há 3 anos está morando em Lisboa e trabalhando na logística de entregas de uma fábrica de pães, conta que estava vendo vídeos no celular, quando foi emitido o alerta de terremoto na sua região.
“Eram por volta das 5h11 da manhã e eu estava acordada, vendo alguns reels no celular, naquele momento pensando no Brasil e sentindo uma angústia. Na hora que vi o alerta no meu celular sobre a ocorrência de terremoto na minha região – eu moro em Algés, bem de frente para o mar, foi questão de eu terminar de ler a mensagem e minha cama começar a tremer. Você demora um pouco pra se tocar do que está acontecendo, mas eu levantei e olhei pela janela que estava aberta, porque aqui é verão, e realmente me assustei, não tem nem como explicar. Havia barulho dentro da casa e tudo estava tremendo. Tenho uma esteira de academia que está desmontada no corredor, é super pesada, e estava batendo. Fiquei apavorada porque é um ferro super pesado, que começou a bater contra a parede. Chamei as três amigas que moram comigo, eu bati na porta do quarto delas, desesperada e com as pernas tremendo, todas estavam assustadas, foi uma loucura!”, descreve.
Juliana lembra que o tremor durou menos de um minuto, não sabe precisar quantos segundos, mas diz que pareceu ser uma eternidade. “Realmente foi tudo muito rápido, apesar daqueles segundos parecerem uma eternidade. Você se dá conta do que está acontecendo só quando acaba. Só sei que fiz uma postagem no Instagram e comecei a perguntar se mais pessoas tinham sentido o terremoto. E de repente as notícias começaram a chegar, muitos amigos disseram estar dormindo naquele momento e acordaram achando que a casa estava sendo invadida. Afinal, você toma um susto, porque brasileiro não é acostumado com isso”, relata.
Juliana completou, afirmando que viveu uma experiência que nunca imaginou passar. “Minha família no Brasil, quando viu as notícias sobre o terremoto, ficou super preocupada e todos começaram a mandar mensagens. Felizmente foi mais o susto, o terremoto não atingiu um nível drástico, mas a sensação foi horrível”. Para saber mais sobre a experiência vivida pela araucariense em Portugal, acesse seu Instagram @Jujuhvieira07.
Edição n.º 1430.