Três anos depois, morte de bancária segue sem nenhum suspeito denunciado

No último domingo, foi realizada uma homenagem à Valdeliz. fOTO: DIVULGAÇÃO
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Três anos depois, morte de bancária segue sem nenhum suspeito denunciado
No último domingo, foi realizada uma homenagem à Valdeliz. fOTO: DIVULGAÇÃO

 

A morte da gerente de banco Valdeliz Alberti Baumel completou 3 anos no último domingo, 14 de abril. Ela foi retirada do carro e morta a queima roupa com um tiro na nuca. O crime foi em Pirabeiraba, região norte de Joinville, Santa Catarina, em frente ao neto de 6 anos, enquanto a vítima o levava à escola. A criança não ficou ferida e a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), logo foi descartada pela polícia.

Valdeliz trabalhou quase 20 anos em um banco em Araucária e era conhecida em Araucária e também nos municípios de Contenda e Lapa. Na época do crime, diversas homenagens e pedidos de justiça foram feitos. A comoção foi grande por parte dos familiares, amigos e até mesmo clientes do banco.

Na época, o principal suspeito da autoria do crime era o ex-genro da vítima. De acordo com informações, já havia sido registrado Boletim de Ocorrência contra o homem devido a agressões contra a ex-esposa, no caso, filha de Valdeliz. Ainda, testemunhas teriam visto o indivíduo em Pirabeiraba e, no momento do crime, algumas pessoas teriam ouvido o neto de Valdeliz dizer: “por que você está fazendo isso com a vovó, papai?”. Ainda, na época, o ex-genro da vítima teria dito em entrevista que era inocente e que teria provas de não havia saído de Araucária na data da morte de Valdeliz.

O viúvo da bancária comentou que ela tinha uma relação normal com o ex-genro, mas que eles não tinham apreço pelo indivíduo, justamente pelo histórico de agressões contra a filha do casal.

ATUALMENTE

O viúvo da vítima comentou que no domingo foi realizado um culto na igreja em que Valdeliz frequentava, na Lapa. “Além disso, estive em Pirabeiraba no início desta semana e colei cartazes em alguns comércios para que o caso não seja esquecido pela justiça e passe impune”, disse.

Ele falou também sobre como a família passou os últimos anos, após o crime brutal. “Nos primeiros 6 meses, meu neto fez tratamento com psicólogo. Hoje, para onde ele vai, carrega consigo uma foto com a avó, mas não comenta nada sobre o ocorrido. Ele lembra, mas prefere não mexer nessa ferida aberta que ainda nos traz muito sofrimento”, declarou. Sobre a relação que tinha com a esposa, o viúvo relatou que havia entre eles um vínculo de cerca de 30 anos de casados. “Não é fácil seguir em frente, mas não podemos deixar que o que aconteceu caia no esquecimento”, afirmou, complementando ainda que hoje sua família não tem mais nenhuma relação com seu ex-genro.

Para o viúvo e os familiares, três anos depois o que resta hoje é a tristeza e muita saudade. “O caso não foi solucionado e o culpado continua solto. A Valdeliz tinha 52 anos e com ela uma família e um destino foram brutalmente interrompidos”, observou.

INVESTIGAÇÃO

Conforme informou o advogado da família de Valdeliz, André Feiges, o processo segue em fase de investigação. “O ex-genro apresentou um álibi que não se confirmou, pois afirmou estar em outro local, que haveria testemunhas, registro e filmagens, mas nada confirmou tal alegação. Fora isto, apresentou ‘prints’ de conversas para levantar suspeitas sobre o atual companheiro da ex-esposa, filha da vítima. Contudo, segundo a perícia estes ‘prints’ foram fraudados através de aplicativo denominado ‘Whatsfake”, ressaltou.

Ainda, segundo o advogado, no momento o inquérito aguarda agendamento de nova oitiva do suspeito para que ele se manifeste sobre este material comprovadamente fraudulento.

Apesar das suposições, a autoria segue desconhecida e nada foi comprovado oficialmente.

Publicado na edição 1159 – 18/04/2019

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