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Valmet elimina o uso de copos plásticos nas suas unidades

Em janeiro, o município de São Paulo sancionou lei que proíbe o fornecimento de produtos descartáveis de plástico em estabelecimentos comerciais, que entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2021. Com ela, serão impedidas as distribuições de copos, pratos, talheres, agitadores de bebidas e varas para balões de uso único feito com plástico, com possibilidade de multa e até mesmo o fechamento do estabelecimento. Práticas como essa também chegaram ao universo corporativo.

A Valmet, companhia finlandesa líder no desenvolvimento e fornecimento de tecnologias, automação e serviços para os setores de celulose, papel e energia, se antecipou à medida e aboliu, ainda em 2019, o uso dos copos e itens de plástico nas unidades de Araucária (PR) e Sorocaba (SP), para dar vez a pratos e copos de papel biodegradáveis. A estimativa era de mais de 35 mil copos usados por mês na fábrica, que possui cerca de 500 funcionários nas duas cidades.

O gerente de Estratégia, Qualidade e Marketing para América do Sul da Valmet, Pedro Ferraz Paciornik, explica que a substituição dos itens de plástico faz parte de um movimento de sustentabilidade e de mudança de hábito que será seguido pelas outras unidades da empresa na América do Sul. “Apesar de parecer uma iniciativa simples, mexer com a mudança de comportamento das pessoas nem sempre é algo tão fácil. É preciso sensibilizá-las para que saiam da sua zona de conforto e tenham consciência de que a transformação depende muito da própria atitude”, comenta.

A agenda de sustentabilidade da Valmet se concentra em cinco áreas principais: cadeia de suprimentos sustentável; saúde, segurança e meio ambiente; pessoas e desempenho; soluções sustentáveis e cidadania corporativa. As ações fizeram com que a companhia integrasse, pelo sexto ano consecutivo, em 2019, o índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI 2019-2020) nos rankings Mundo e Europa.

O DJSI é um indicador global que aponta os líderes em sustentabilidade em diversos setores. O índice, que avalia o desempenho econômico, ambiental e social das empresas, serve como referência para análise de acionistas comprometidos com o investimento ético.

Outros exemplos

Em janeiro deste ano, a Valmet foi reconhecida por suas ações e estratégias para mitigar as mudanças climáticas, recebendo a classificação “A” no ranking do programa climático do CDP, pelo segundo ano consecutivo. A avaliação baseou-se em seu programa para reduzir as emissões de CO2 em suas próprias operações, com foco em transporte mais sustentável, melhorias na eficiência energética e otimização de processos.

O CDP – Carbon Disclosure Project – é um sistema global de divulgação para empresas, cidades, estados e regiões gerenciarem seus impactos ambientais, e para investidores ou compradores acessarem informações ambientais para uso em decisões financeiras.

Preservando oceanos

Um estudo publicado pelo Marine Pollution Bulletin aponta que a poluição plástica dos oceanos custa anualmente à sociedade cerca de US$ 2,5 trilhões, o equivalente a R$ 9,5 trilhões. A pesquisa estima que 8 milhões de toneladas de resíduos são despejados irregularmente nos mares de todo o mundo a cada ano.

A poluição dos mares afeta diferentes setores da economia, atingindo as indústrias de turismo, transporte e pesca, além de acelerar e intensificar os efeitos das mudanças climáticas e trazer prejuízos para o bem-estar da população e para a saúde humana.

Texto: Maurenn Bernardo

Foto: divulgação

Publicado na edição 1201 – 27/02/2020

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