Ao longo dos últimos dias, Araucária se viu envolvida numa polêmica: o que fazer com um macaco bugio que começou a frequentar um condomínio residencial da cidade e, sabe-se lá por qual motivo, acabou atacando e ferindo gravemente um bebê de menos de dois anos.
O macaco em questão, muito possivelmente, sempre tenha vivido na mata que fica ao lado do condomínio, que – inclusive – tem dentro de seu terreno um bosque, o qual deve ter sido até utilizado como estratégia de vendas dos apartamentos daquele residencial. Aquela história de imóvel com “área verde”. Logo, numa análise superficial do caso, muitos dirão que foi o “homem” quem invadiu o habitat do bugio.
O caso, é preciso dizer, ganhou uma conjuntura em que a sensatez recomenda que o órgão responsável promova a captura do macaco. E, o órgão responsável neste caso seria o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), sabe-se, não quer receber e encaminhar o animal, afirmando que aquele é o habitat do bugio e que, quem agiu de maneira inadequada, alimentando-o e fazendo com que ele se sentisse “seguro” no condomínio foram os moradores do local.
Ora, se por um lado aquele é o habitat do bugio. Por outro, é também o “habitat” de quem comprou apartamento ali. E, diante desse impasse e da impossibilidade de convivência harmônica de ambos, já que é fato que o bugio atacou uma criança e que há pessoas ali revoltadas com o caso, a sensatez pede que o animal seja recolhido.
Felizmente, a insensatez manifestada pelo IAP não é a mesma do órgão federal de proteção do meio ambiente, o IBAMA. Este sim, em visita técnica realizada na quarta-feira, chegou à conclusão necessária: o bugio precisa ser recolhido. Fica a torcida agora para que isso seja feito o quanto antes, para o bem do próprio macaco e dos moradores do condomínio. Boa leitura.
Publicado na edição 1134 – 22/11/18