14, 23, 24 e 37 anos

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Estas são as idades dos moradores de Araucária que deixaram este plano nesta semana. Os três primeiros foram vítimas de disparos de armas de fogo. O último teve a vida ceifada pelo trânsito. Cada um a seu modo representa o nosso fracasso enquanto sociedade.

Não é admissível que a dona vida esteja perdendo adolescentes de quatorze anos, ou jovens de 23 e 24 ou adultos de 37 para a dona morte. Numa sociedade bem constituída, cumpridora de sua função social, capaz de oportunizar condições adequadas de desenvolvimento a seus habitantes, essas pessoas ou estariam iniciando ou estariam no auge de sua capacidade produtiva.

O menino de quatorze anos deveria ser a promessa para o futuro da nossa nação; a moça de 23 uma recém-formada, talvez iniciando a gestação de mais um brasileirinho. O rapaz de 24, um jovem ativo, dedicado ao trabalho, galgando crescimento profissional. Do mesmo modo, o homem de 37, por sua vez, precisaria ser o brasileiro bem sucedido, com uma família linda, um emprego prazeroso e assim por diante. Era isso que essas pessoas tinham que ser e nunca, jamais, cadáveres a ocupar quatro caixões, não nessas idades.

Obviamente, o que fazemos aqui é uma defesa da vida, do direito de ser feliz e fazer os outros felizes numa sociedade que deveria ser harmoniosa. Logo, não seria prudente, nem justo, entrarmos no mérito de até que ponto cada uma das vítimas desta semana contribuiu para o triste capítulo final de suas existências. Essa análise não nos cabe, pelo menos não neste momento. Reflitamos sobre a vida que estamos levando e a que poderíamos levar. Pensemos nisso e boa leitura.

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