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Editorial: Compromisso com a notícia

O exercício do jornalismo profissional é uma tarefa que exige discernimento. Que exige paciência. Que exige compromisso com a notícia. Que exige convicção com a linha editorial escolhida.

Todas essas “exigências” se tornam ainda mais inegociáveis para veículos de comunicação praticantes do chamado jornalismo local, como é o caso de O Popular.

Presente em Araucária há 25 anos, O Popular é um patrimônio imaterial desta linda cidade. Vivenciamos altos e baixos de nosso Município. Fomos elogiados e atacados. Acertamos muito mais do que erramos na árdua tarefa de levar notícia de qualidade para nossos leitores. E o fato de termos acertado muito mais do que errado ao longo dessas quase três décadas nos mantém editorialmente em pé. Aliás, em pé e firmes!

A idade traz sabedoria. A vivência diária com as causas da cidade traz experiência. O faro apurado e a capacidade de analisar todos os lados de um fato nos faz diferenciado. E é essa diferença que faz com que, de nossa redação, tenhamos visto o nascimento e o encerramento de vários outros jornais, blogs e coisas do gênero que, talvez até imbuídos de boas intenções, abriram suas portas por estas bandas.

O Popular aprendeu nesta longa trajetória que não se faz jornalismo escolhendo alvos para destruir. Aprendeu que não se deseja a destruição de potenciais concorrentes. Aprendeu que todo cliente é importante, mas não é único. Que todo leitor precisa ser respeitado, mas muitas vezes também precisa ser orientado. Aprendeu que toda notícia tem dois lados. E é o faro apurado do jornalista que dará o peso correto para cada um desses lados.

Esses apontamentos todos são necessários porque já estamos vivendo aquele momento que acontece a cada quatro anos, que é o de movimentações políticas com vistas ao pleito eleitoral municipal. Neste período muita gente fica com os nervos a flor da pele e não invariavelmente perde a cabeça, apresenta comportamento antissocial e quer atrair para si uma relevância que, no fundo, ela sabe que não tem. E faz isso por meio do discurso acalorado, da fala acelerada, do ódio desmedido contra tudo e todos. E não estamos só falando dos políticos, estamos falando de todos que orbitam nesse meio, inclusive, profissionais (ou não) de veículos de comunicação, sejam eles de imprensa profissional multiplataforma como é O Popular, ou aqueles que possuem um ou outro blog ou perfil em rede social que têm uma necessidade enorme de quererem parecer maiores do que são. Saberem mais do que sabem. É o que a literatura especializada nomenclaturou como efeito Dunning-Kruger: pessoas que, quanto menos sabem, mas acham que sabem.

Fiquemos atentos a esses personagens! Não acreditemos em discursos exagerados e devaneios megalomaníacos. E, sempre que você quiser certezas, procure O Popular, que está entre vocês, de maneira ininterrupta, há 25 anos, o que o cacifou para torna-lo especialista em Araucária!

Edição n.º 1392

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