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Carta do editor: É tempo de transição
Foto: Divulgação

Um dos momentos mais lindos da democracia é a transição entre um governo e outro. E é lindo porque em sua gênese a democracia foi concebida para privilegiar a alternância de poder.

Não há escolhidos por Deus e/ou outra entidade para governar ad eternun. Na democracia e parafraseando o vereador Pedrinho da Gazeta, reeleito para seu quinto mandato: “o povo coloca e o povo tira”.

A transição é tão importante que existe, inclusive, em nossa Lei Orgânica artigo específico prevendo sua aplicação. E, confirmado o resultado das eleições municipais de 2024, é preciso urgentemente que o governo vigente e o governo futuro iniciem essa transição.

Essa necessidade é muito mais premente quando consideramos o tamanho do Município de Araucária, uma cidade com mais de 160 mil habitantes e um orçamento anual na casa dos dois bilhões de reais.

Outro ponto que é importante que os atores envolvidos nessa transição tenham consciência é a de que ela precisa acontecer também no coração dos gestores. Quem está no comando da cidade precisa entender que sua missão agora é, como diria aquele bordão da Fórmula 1 “apenas levar o carro de volta aos boxes”. A corrida está encerrada.

Esse alerta é necessário porque o gestor do momento tem menos de três meses para deixar o cargo e em três meses não dá para reinventar a roda. Não dá para sequer cogitar dar andamento a projetos que não serão concluídos até 31 de dezembro de 2024.

Insistir em ações assim fere o fair play eleitoral que deve haver entre o candidato derrotado (e/ou seu pretenso sucessor) e aquele vitorioso. Esperamos que em Araucária essa diplomacia exista. Afinal, é tempo de transição!

Boa leitura!

Edição n.º 1437.

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