Talvez uma das experiências mais dolorosas que alguém possa vivenciar seja o término de um relacionamento quando ainda há um forte envolvimento emocional com quem decide partir. Mas será que existe algum passe mágico para reacender o amor em uma relação desgastada?
A lógica espiritual nos ensina que, nas relações amorosas, atraímos pessoas que, de alguma forma, contribuem para nosso progresso espiritual. Algumas promovem crescimento positivo, enquanto outras nos desafiam, proporcionando experiências que, inevitavelmente, nos transformam. Essas transformações, por sua vez, podem nos libertar de vínculos emocionais prejudiciais.
O amor é um sentimento que genuinamente serve à nossa evolução espiritual. Ele cumpre ciclos naturais: despertar, construir e desapegar. No início, o despertar pode levar anos, geralmente após a fase da paixão, quando duas pessoas decidem que querem permanecer juntas. A fase da construção, na minha opinião, é a mais especial, pois é nela que as almas vibram em sintonia, compartilhando otimismo, experiências conjuntas e projetando um futuro saudável.
Já a fase do desapego, que finaliza o ciclo do amor, não significa necessariamente o fim da relação. Trata-se de um momento em que o casal percebe que a presença mútua já não é regida por cobranças ou apego, mas por uma convivência leve e madura. Um exemplo disso pode ser visto em casais de longa data, que compartilham momentos simples, como um bom chimarrão em dias frios, regados a risos e boas conversas.
Entretanto, nem sempre o amor persiste “até que a morte os separe”. Em algumas situações, o casal percebe que a chama que os unia se apagou, ou que eventos dolorosos, como traições, tornaram impossível a continuidade de uma relação harmoniosa.
Ritual para trazer o amor de volta: funciona? Antes de entrar em polêmicas ou criticar práticas ligadas a rituais amorosos — muitas vezes associadas a tradições não cristãs —, é importante lembrar que toda espiritualidade contempla formas de oração, prece ou culto voltadas aos relacionamentos. Contudo, cada tradição tem sua maneira de conduzir esses pedidos.
Como mentor espiritual, aprendi com meus guias que o amor verdadeiro só prospera quando há liberdade para ir e vir. Forçar o retorno de alguém por meio de qualquer prática espiritual, seja oração ou ritual, pode gerar uma opressão espiritual, transformando o relacionamento em uma prisão ou obsessão conjugal. Isso contradiz a essência do amor, que é nobre, livre e fluido. É como o passarinho na gaiola: seu canto pode ser ouvido, mas nunca refletirá o desespero de estar privado da liberdade de voar.
Para me tornar mentor espiritual, precisei compreender os limites da minha atuação e, acima de tudo, respeitar o querer divino que trabalha de forma invisível para o bem maior. Em meu trabalho, apoio casais que enfrentam crises, ajudando-os a identificar o que pode ser reconstruído. Esse processo é sempre pautado no consenso e no respeito mútuo, buscando restaurar o bem-estar amoroso de forma genuína.
Desejo a você um amor verdadeiro e livre. Se precisar de orientação, estou à disposição pelo telefone (41) 99861-2815. Acompanhe-me também nas redes sociais: @tarodafortuna no Instagram e TikTok.
Edição n.º 1449.